De acordo com coordenador da Fazenda do Sol, padre Sérgio Leite, a decisão de acolher os cinco imigrantes em Campina Grande foi uma iniciativa tomada na dinâmica da solidariedade em nome da Diocese. Segundo ele, “no primeiro momento o importante é dar abrigo, alimentação e estrutura digna para que eles possam retomar a própria vida”, disse padre Sérgio.

As famílias imigrantes venezuelanas, que estão sendo acolhidas por abrigos e casas religiosas do estado, foram trazidas da cidade de Boa Vista (RR) no avião do Exército Brasileiro, que está atuando em parceria com o Serviço Pastoral do Migrante (SPM). Na Paraíba, são 44 pessoas, incluindo 8 crianças, que serão abrigadas na cidade do Conde, na Casa do Migrante, e na Fazenda do sol, em Campina Grande.Segundo Roberto Saraiva, da coordenação executiva nacional do SPM, houve, nos últimos meses, diálogos com a diocese de Roraima e com parceiros, para viabilizar um ambiente mais favorável aos imigrantes. Os venezuelanos podem permanecer nos abrigos por até três meses, mas caso não consigam trabalho nesse período, o prazo de permanência pode ser revisto.Ao todo, foram 164 venezuelanos transferidos nesta terça-feira (3), que anteriormente estavam vivendo em abrigos públicos em Boa Vista. O processo foi organizado pela Casa Civil com apoio do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) e os voos foram custeados pelo governo federal. Os imigrantes que aceitam ser transferidos têm que se regularizar no país.