Após decisão do STF, prefeituras da PB não devem usar Fundeb para pagar advogados, diz MPF
14/01/2019 18:47 em O que acontece..

Presidente do STF, Dias Toffoli, acatou pedido da PGR e suspendeu repasse do Fundeb para honorários advocatícios. Na Paraíba pelo menos 37 prefeituras foram alertadas, diz MPF.

Pelo menos 37 cidades da Paraíba devem ser afetadas por uma decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, de suspender imediatamente o uso dos recursos dos precatórios do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) para pagamento de escritórios de advocacia que prestam serviços às prefeituras. A decisão foi informada nesta segunda-feira (14).

 

De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), a decisão do STF atendeu a um pedido feito pela Procuradora-Geral da República (PGR), Raquel Dodge. Em janeiro de 2018, uma recomendação conjunta de MPF, Ministério Público da Paraíba, Ministério Público de Contas da Paraíba e Ministério Público do Trabalho foi expedido para todos os prefeitos das cidades paraibanas.

O ministro do STF acolheu o argumento da PGR de que o dinheiro do fundo deve ser aplicado exclusivamente na educação básica. Para Toffoli, a utilização desse dinheiro para pagar escritórios de advocacia “trata-se de situação de chapada inconstitucionalidade, potencialmente lesiva à educação pública em inúmeros municípios, carentes de recursos para implementar políticas nessa área”.

O presidente do STF aponta que a prática pode redundar em prejuízos irreparáveis à educação de milhares de crianças e adolescentes pelo país. “De todo recomendável, portanto, o deferimento do pleito formulado pela procuradora-geral da República, em respeito às normas constitucionais que disciplinam o correto uso das verbas destinadas à educação”, concluiu.

No pedido enviado ao STF em dezembro de 2018, Raquel Dodge destacou que, na contramão das normas, várias decisões judiciais têm permitido o pagamento de honorários a escritórios de advocacia.

 

TAC por contratação

 

Em outubro de 2018, a contratação de escritórios de advocacia foi pauta de um Termo de Ajustamento de Conduto (TAC) por parte do Minisitério Público da Paraíba e prefeitos paraibanos. Na ocasião, os gestores municipais de quatro prefeituras quatro câmara de vereadores assinaram 16 TACs se comprometendo a acabar com as contratações de advogados e de contadores por inexigibilidade de licitação, fora das hipótese legais.

FONTE:https://g1.globo.com

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