Três meses após Nicole ser encontrada, polícia segue sem pistas do suspeito
25/06/2018 15:15 em O que acontece..

Sequestro aconteceu no dia 9 de março, em João Pessoa; suspeito fugiu no Ceará.

Três meses depois da menina Nicole, de sete anos, ter sido encontrada na cidade de Penaforte, no Ceará, o suspeito de sequestrar a criança em João Pessoa, no dia 9 de março, continua foragido. O Grupo de Operações Especiais da Polícia Civil (GOE) não têm dúvidas que o principal suspeito é Maécio Damacena Silva, de 27 anos. Porém, a polícia segue sem pistas da localização dele. O reencontro da menina com a mãe completou 90 dias neste domingo (24).

 

Nicole desapareceu no bairro de Mangabeira, no dia 9 de março, com um rapaz que estava recebendo ajuda de Ana Maria Paiva, mãe da criança. Ele saiu com a menina para comprar comida e não voltou mais. No dia 27 de março, Nicole foi encontrada na cidade de Penaforte, no Ceará, no sítio de um parente de Maécio.

De acordo com a delegada da Infância e Juventude, Joana D’arc, a última notícia recebida sobre Maécio foi no dia em que Nicole foi encontrada, quando o suspeito percebeu que a polícia estava se aproximando do sítio, e fugiu pela Caatinga, abandonando a criança no local.

 

"A polícia de Pernambuco também ficou vigilante na captura, mas é complicado e difícil", revelou a delegada.Ainda conforme a delegada, que deu andamento ao caso na época do sequestro, o inquérito foi concluído e enviado à Justiça, com o mandado de prisão preventiva expedido pelo juíz da 7ª Vara de João Pessoa, no dia 21 de março.

Maécio Damacena Silva, de 27 anos, já foi visto nos estado de Pernambuco e Ceará. “Ele não é o pai da criança, ele levou a criança em total desacordo com o regulamento legal. O que aconteceu depois do sequestro, a gente vai esclarecer quando ele for localizado”, informou o então delegado do Grupo de Operações Especiais da Polícia Civil (GOE), Allan Terruel.

Maécio já cumpriu pena por roubo e furto no Ceará, de acordo com a Polícia Civil. Além disso, as autoridades também investigam se o homem já cumpriu pena pela Lei Maria da Penha, no município de Salgueiro, em Pernambuco.

Nicole foi encontrada machucada

 

Segundo informações da polícia, quando Nicole foi encontrada ela estava muito machucada e não quis fazer o exame sexológico no Ceará, por isso realizou os exames necessários em João Pessoa e em Campina Grande. Além disso, roupas da criança também foram recolhidas para tentar encontrar vestígios do suspeito.

Conforme o na época delegado do GOE, Allan Terruel afirmou que a menina também demonstrou dificuldades para se locomover e contou que o suspeito batia nela para que ela pedisse comida. “Ela estava muito chateada, muito machucada, com os pés lesionados, rosto com hematoma e disse que apanhou. Uma cena muito triste, se não fosse a polícia localizar essa menina, ela ainda estaria sofrendo”, disse.

Criança voltou a morar com a mãe

 

A menina Nicole voltou para a casa da mãe no dia 11 de abril. Quando a criança foi encontrada na cidade de Penaforte, no Ceará, e encaminhada de volta à Paraíba, ela ficou abrigada em uma casa de acolhimento, por orientação do Conselho Tutelar. De acordo com a Primeira Vara da Infância e Juventude, Nicole voltou para casa da família após uma audiência.

Segundo informações da psicóloga da Vara da Infância, Vitória Gonçalves, o Ministério Público da Paraíba (MPPB) solicitou uma antecipação de audiência e o juiz acatou o pedido, após avaliações sociais e familiares do MPPB. A criança tinha um vínculo muito forte com a mãe e chorava muito com saudades, questão levada em consideração na decisão final.

Durante seis meses, a instituição que acolheu Nicole vai monitorar a reintegração familiar. Se for necessário, o acompanhamento pode se estender. O Juizado da Infância e Juventude, por sua vez, avalia a situação a cada três meses e informa ao juiz e ao Ministério Público.

Entenda como Nicole desapareceu

 

De acordo com Ana Maria Paiva, mãe de Nicole, após dez anos sem encontrar o suspeito, ele foi à casa dela, pedindo ajuda e afirmando que estava à procura de emprego. “E eu então apoiei ele, ele mostrou toda a confiança. Aí ele pediu para acordar por volta das 5h da manhã, para ir na Caixa Econômica de Mangabeira, para ele sacar o dinheiro dele. A gente saiu cedo”, contou.

Ela ainda explicou que a menina estava com fome e o suspeito se ofereceu para levá-la para comer. “E eu disse ‘tu dá mesmo?’. Ele disse ‘dou, tu me espera aí que já eu volto’. Aí que esperei e estranhei a demora. Aí eu fui até a casa de Mangabeira procurando ele, não encontrei, voltei para a Caixa Econômica e ele não estava”, disse a mãe.

Após prestar queixa na Delegacia da Infância e Juventude de João Pessoa, Ana Maria Paiva foi informada de que o homem teria alugado um carro e ido para a cidade de Recife com a menina. Ele teria dito ao motorista que o veículo seria usado durante a mudança de sua irmã, da capital pernambucana para João Pessoa. No entanto, segundo a mãe da garota, ao chegar no local, ele desceu do carro afirmando que iria sacar o dinheiro para realizar o pagamento, mas não retornou.

FONTE:https://g1.globo.com

COMENTÁRIOS