No dia da aplicação, conforme a técnica, várias pessoas teriam aparecido no local, incluindo crianças e adolescentes, que receberam as mesmas doses dos adultos, de vacinas da Pfizer do lote FN3457.
A profissional disse que não sabia há quanto tempo a vacina estava armazenada, mas que trabalha com este lote e com o lote de final 3835, desde novembro de 2021.
Ainda conforme o depoimento, a técnica declarou que a comunicação com a secretaria de saúde de Lucena era difícil, e que a mãe dela estava doente, e que isso teria atrapalhado o trabalho.Em relação à ordem de vacinar todas as pessoas, a técnica reiterou que chegou a mandar uma mensagem de texto para a chefe de imunização do município perguntando se era para vacinar todas as pessoas e que recebeu “sim” como resposta.
Ela disse ainda que, depois da troca de mensagens, recebeu uma ligação da chefe, que disse que era a ordem era vacinar porque as doses iriam vencer.
A técnica concluiu o depoimento dizendo que não recebeu treinamento sobre a vacinação de Covid-19 para adultos ou crianças, e que não foi informada de que havia diferença dos volumes das doses.
Ela disse ainda ao MPF que não sabia que crianças não podiam ser vacinadas com as mesmas doses que os adultos. Ela afirmou também que não sabia da existência de vacinas pediátricas em Lucena.