Segundo Ivonete, Mônica viajou na última quinta-feira (12) para o casamento de um casal de amigos, no Pará, e passaria uns dias no estado com o marido. “Ela viajou daqui na quinta-feira e devia ficar pelo menos uns 8 dias lá. Mas ele disse que eles brigaram ontem e ela resolveu vir embora. É o que ele conta e é isso que precisamos saber. Estamos muito abalados”, disse Ivonete.
A informação da briga do casal foi confirmada pelo juiz João Augusto Figueiredo em depoimento.
Uma sobrinha de Mônica está indo até o Pará para acompanhar a investigação do caso, em companhia de um advogado. "Lá nós temos pessoas amigas, pois ela trabalhou no Pará muitos anos como juíza e deixou muitas amizades. Essas pessoas estão acompanhando de perto enquanto a sobrinha não chega”, contou a vereadora.
Sobre o casamento de Mônica e João Augusto, Ivonete informou que eles eram casados há mais de um ano. “Mas a gente tinha pouca convivência com ele, já que ele mora no Pará. Nosso contato era nas festas de famílias”.Sobre o caso se tratar de suícidio, conforme registrado no boletim de ocorrência pelo marido, Ivonete diz não enxergar motivos para tal ação por parte da prima. “Ela era uma mulher bem resolvida, pessoalmente, socialmente, profissionalmente, espiritualmente incapaz de fazer uma coisa dessas”.
Ainda sem previsão de data, Ivonete informou que o velório de Mônica vai acontecer em Campina Grande e o enterro em Barra de Santana, sua cidade natal.
Boletim de ocorrência e investigação
O caso está sendo investigado pela Divisão de Homicídios da Polícia Civil do Pará. Em depoimento, o juiz João Augusto Figueiredo de Oliveira Júnior afirmou que teve uma discussão com sua esposa e que é dono da arma usada na morte da juíza.
Segundo o boletim de ocorrência, por volta das 22h30, da segunda-feira (16), João Augusto Júnior “teve uma pequena discussão acerca do relacionamento” com a juíza Mônica de Oliveira. Após a discussão, Mônica “arrumou suas coisas e desceu, informando que iria viajar”.
No depoimento, João Augusto informou que na manhã desta terça-feira (17) não achou a chave do carro. Então, ele pegou uma chave reserva e seguiu em direção à garagem do prédio. Ao chegar lá, ele teria visto que o veículo estava estacionado e com a porta aberta.O magistrado disse no boletim de ocorrência que “ao se aproximar do carro, percebeu que sua esposa tinha cometido suicídio e, para isso, usou a arma de fogo” do próprio juiz, que "sempre fica guardada dentro do carro".
Após prestar depoimento, João Augusto foi liberado e informou também que o caso segue em sigilo.
Fonte:https://g1.globo.com