Após audiência de custódia nesta segunda-feira (8), a Justiça manteve presos todos os 19 suspeitos detidos na operação Gabarito, da Delegacia de Defraudações e Falsificações (DDF) da Polícia Civil, que investiga fraudes em concursos públicos. Segundo a polícia, a quadrilha auxiliava concurseiros através de um aprimorado sistema de pontos eletrônicos e, para isso, cobravam valores altíssimos.
Na audiência desta segunda, segundo o delegado Lucas Sá, ficou determinada a prisão preventiva de todos os suspeitos. Os homens serão direcionados para unidades prisionais e as mulheres ficarão em prisão domiciliar.
As investigações do caso apontaram que apesar de a quadrilha atuar em todo o Nordeste, o grupo agia de forma sistemática e hierárquica. Existiam núcleos em várias capitais como Maceió (AL) e Natal (RN), mas o topo do esquema estava em João Pessoa.
De acordo com a DDF, o primeiro concurso fraudado pelo grupo foi o da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) em 2005 e, desde então, a quadrilha agia de maneira ininterrupta. Era cobrado um valor de 10 vezes o salário da vaga a ser alcançada. Ainda segundo a DDF, o preço variava de R$ 30 mil a R$ 150 mil. No total, R$ 18 milhões teriam sido movimentados pelo grupo.
Todos os presos serão indiciados pela participação na organização criminosa, fraude a concursos públicos e outros ainda por porte ilegal de arma de fogo.
Fonte:portalcorreio.com