Braiscompany: Justiça Federal condena ex-diretor da empresa a 36 anos de prisão
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Publicado em 13/03/2024

Essa é a 12ª condenação no caso envolvendo a empresa de Antônio Neto Ais e Fabrícia Ais, sócios que foram encontrados na Argentina com a ajuda da Interpol.

A Justiça Federal na Paraíba condenou Victor Hugo Lima Duarte, ex-diretor da Braiscompany, empresa investigada por crimes contra o sistema financeiro. Conforme a sentença do juiz Vinícius Costa Vidor, da 4ª Vara Federal em Campina Grande, ele foi condenado a 36 anos e 8 meses de prisão e teve a prisão preventiva mantida. Atualmente, Victor Hugo está preso no Complexo do Serrotão, em Campina Grande, após ter sido extraditado da Argentina.

Na decisão do juiz, foi ressaltada a atuação do ex-diretor como operador financeiro de um dos donos da empresa, Antônio Neto Ais. Conforme o documento, Victor Hugo Lima foi responsável pela “captação e gestão de carteira de clientes de mais de cinco milhões de reais e realizando movimentação contínua de ativos financeiros desviados de clientes em suas contas pessoais em favor dos mentores do esquema criminoso”.Os crimes que o juiz imputou para Victor Hugo na sentença que o condenou a 36 anos e 8 meses de prisão foram os seguintes:

Operar instituição financeira sem autorização;

Emissão, oferecimento ou negociação irregular de títulos ou valores mobiliários;

Apropriação indébita financeira;

Lavagem de capitais;

Organização criminosa.

A pena do ex-diretor é a terceira maior entre os 12 réus condenados no caso pela Justiça até o momento.

O processo envolvendo Victor Hugo foi desmembrado em relação ao processo principal que condenou o dono da empresa de criptomoedas.

O advogado que representa o ex-diretor, Matheus Lima, informou que recorrerá da decisão ao Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF-5). Ele também adiantou que ingressará com um habeas corpus pedindo que o ex-diretor responda ao processo em liberdade.No dia 13 de fevereiro de 2024, o juiz da 4ª Vara Federal em Campina Grande, Vinícius Costa Vidor, publicou sentenças do processo que apura o esquema de fraudes na Braiscompany.

Foram condenados o 'casal Braiscompany', Antônio Inácio da Silva Neto (88 anos e 7 meses) e Fabrícia Farias (61 anos e 11 meses), além de outros 9 réus e um montante a ser reparado de R$ 277 milhões em danos patrimoniais e R$ 100 milhões em dano coletivo.

Confira os nomes e penas:

Antônio Inácio da Silva Neto – 88 anos e 7 meses

Fabrícia Farias – 61 anos e 11 meses

Mizael Moreira da Silva – 19 anos e 6 meses

Sabrina Mikaelle Lacerda Lima – 26 anos

Arthur Barbosa da Silva – 5 anos e 11 meses

Flávia Farias Campos – 10 anos e 6 meses

Fernanda Farias Campos – 8 anos e 9 meses

Clélio Fernando Cabral do Ó – 19 anos

Gesana Rayane Silva – 14 anos e 6 meses

Deyverson Rocha Serafim – 5 anos

Felipe Guilherme de Souza - 18 anosNo dia 13 de fevereiro de 2024, o juiz da 4ª Vara Federal em Campina Grande, Vinícius Costa Vidor, publicou sentenças do processo que apura o esquema de fraudes na Braiscompany.

Foram condenados o 'casal Braiscompany', Antônio Inácio da Silva Neto (88 anos e 7 meses) e Fabrícia Farias (61 anos e 11 meses), além de outros 9 réus e um montante a ser reparado de R$ 277 milhões em danos patrimoniais e R$ 100 milhões em dano coletivo.

Confira os nomes e penas:

Antônio Inácio da Silva Neto – 88 anos e 7 meses

Fabrícia Farias – 61 anos e 11 meses

Mizael Moreira da Silva – 19 anos e 6 meses

Sabrina Mikaelle Lacerda Lima – 26 anos

Arthur Barbosa da Silva – 5 anos e 11 meses

Flávia Farias Campos – 10 anos e 6 meses

Fernanda Farias Campos – 8 anos e 9 meses

Clélio Fernando Cabral do Ó – 19 anos

Gesana Rayane Silva – 14 anos e 6 meses

Deyverson Rocha Serafim – 5 anos

Felipe Guilherme de Souza - 18 anosNo país vizinho, o casal estava vivendo em uma casa localizada em um condomínio de luxo. Antônio Ais e Fabrícia faziam uso, inclusive, de uma academia de ginástica. O casal utilizava criptomoedas para se manter financeiramente no país vizinho.

Outros detalhes sobre a vida dos condenados pela Justiça no país vizinho não foram divulgados pela PF.A Braiscompany foi alvo de uma operação da Polícia Federal no dia 16 de fevereiro de 2023, que teve como objetivo combater crimes contra o sistema financeiro e o mercado de capitais. As ações da PF aconteceram na sede da empresa do 'casal Braiscompany' e em um condomínio fechado, em Campina Grande, e em João Pessoa e em São Paulo. A operação foi nomeada de Halving.

A empresa, idealizada pelo casal Antônio Ais e Fabrícia Ais, era especializada em gestão de ativos digitais e soluções em tecnologia blockchain. Os investidores convertiam seu dinheiro em ativos digitais, que eram “alugados” para a companhia e ficavam sob a gestão dela pelo período de um ano. Os rendimentos dos clientes representavam o pagamento pela locação dessas criptomoedas.

Além da taxa de retorno financeiro muito acima do regularmente praticado no mercado, boa parte da atração exercida pela Braiscompany está ligada à imagem de seu fundador, Antônio Inácio da Silva Neto. Ele adotou suas três primeiras iniciais como sobrenome e se apresenta como Antônio Neto Ais.

O empresário mantinha um Instagram com fotos bem produzidas, registros ao lado de celebridades e vídeos motivacionais. Quando o golpe estourou, sua rede social registrava 900 mil seguidores, que consumiam conteúdo sobre uma vida de luxo e sucesso individual.

Fonte:https://g1.globo.com

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