Uma idosa de 88 anos, testemunha de um duplo homicídio no bairro do Presidente Médici, em Campina Grande, relatou à polícia nesta segunda-feira (29) que não foi assassinada por ser parecida com a mãe do autor do crime. O suspeito, que matou dois homens a facadas na mesma casa em que a idosa estava, disse que a semelhança dela com a mãe era grande e que por isso não iria matá-la.
A delegada de homicídios de Campina Grande, Ellen Maria, explicou que uma das vítimas, um enfermeiro de 60 anos era cuidador da idosa, conheceu o suspeito enquanto bebiam em um bar e o convidou para ir até a casa. No local, houve uma discussão e o suspeito atacou o enfermeiro com um faca.
Após esfaquear o enfermeiro, o criminoso seguiu para um outro homem, um índio de 28 anos, que testemunhou o primeiro crime e estava na cidade à procura de emprego. O índio também foi morto a facadas.
Durante depoimento, o suspeito confessou o crime e afirmou que atacou e matou o enfermeiro após ter sido assediado pela vítima.
De acordo com a Polícia Civil, após cometer os dois homicídios, o suspeito foi até a idosa, que flagrou o duplo homicídio, avisou que iria poupar a vida dela, e fugiu no carro que pertencia ao enfermeiro. Foi a partir do veículo roubado pelo suspeito que a polícia conseguiu localizá-lo. O suspeito preso foi encaminhado para Central de Polícia em Campina Grande, no bairro do Catolé.
A Polícia Civil investiga a hipótese de que a discussão tenha começado por conta de um assédio, por parte do enfermeiro ao suspeito. Ainda de acordo com a delegada Ellen Maria, o suspeito do duplo homicídio havia sido preso anteriormente por roubo e resistiu à prisão, por ser lutador de jiu-jitsu e saber se defender.
O carro que pertencia ao enfermeiro foi recuperado pela polícia. O suspeito seguia preso até a manhã de ontém segunda-feira (29) e deve ser levado para audiência de custódia.
Fonte:g1pb.com