O marido afirma que uma profissional aumentou a dosagem da medicação intravenosa e também que o medicamento foi aplicado sem o uso da bomba de infusão controlada (BIC). Após 50 minutos de tentativas, segundo o texto, Danielle Morais desmaiou, e só então a equipe levou a gestante para a sala de cirurgia. Porém, o útero dela já havia se rompido e o bebê nasceu morto.Maria Danielle morreu na terça-feira (25), vítima de um Acidente Vascular Cerebral (AVC) hemorrágico, após seu marido denunciar que ela sofreu negligência médica no Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (ISEA), em Campina Grande, resultando na morte do bebê durante o parto e na retirada do útero.
Segundo o marido de Maria Danielle, Jorge Elô, ela acordou bem na terça-feira (25). No entanto, ao se sentar na cama, sentiu uma dor de cabeça intensa, começou a gritar e caiu no chão. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado, e ela foi encaminhada ao Hospital Pedro I pela manhã. No período da tarde, o marido recebeu a notícia de seu falecimento.
A mulher foi enterrada na tarde desta quarta-feira (26), em um cemitério particular no bairro do Velame, em Campina Grande.
A Secretaria de Saúde de Campina Grande divulgou uma nota lamentando a morte de Danielle. Segundo a pasta, a mulher se recuperou bem de uma segunda cirurgia realizada no Hospital Doutor Edgley, e tinha recebido alta no domingo (23). A secretaria relatou que ela foi internada no Hospital Pedro I com sinais de um possível Acidente Vascular Cerebral hemorrágico.
Na manhã desta quarta-feira, a Prefeitura de Campina Grande afirmou que a morte de Maria Danielle não teria ligação direta com a perda do filho no parto e a retirada do útero. De acordo com a pasta, a paciente já possuía comorbidades e possíveis doenças genéticas que podem ter relação com o Acidente Vascular Cerebral (AVC) que resultou na morte de Danielle.
Além da Secretaria de Saúde, o Ministério Público da Paraíba (MPPB) abriu uma investigação preliminar para apurar a possível negligência médica envolvida no ocorrido. A promotora de Justiça de Campina Grande, Adriana Amorim, afirmou que está aguardando o resultado das sindicâncias solicitadas à Secretaria Municipal de Saúde de Campina Grande, ao Conselho Regional de Medicina (CRM) e ao Conselho Regional de Enfermagem (Coren) para adotar as providências cabíveis.
Fonte:https://g1.globo.com