Mais de 10 mil homens, dos quais 8.500 das Forças Armadas, ficarão no estado até dezembro de 2018. Ações de combate ao crime organizado não prevêem ocupação permanente de áreas conflagradas.
Rio - A publicação de decreto presidencial em edição extraordinária do Diário Oficial deu início nesta sexta-feira à operação de tropas federais para combater a escalada de violência generalizada que se abateu sobre o Rio de Janeiro. Ao todo, serão 8.500 homens das Forças Armadas em operação conjunta com 620 da Força Nacional, 380 da Polícia Rodoviária Federal e 740 locais.
A movimentação das tropas começou às 14 horas. Tropas do Exército foram vistas no Arco Metropolitano, na Avenida Brasil, na saída da Ponte Rio-Niterói, na Linha Vermelha, na Ilha do Governador e em São Gonçalo.
O ministro da Defesa Raul Jungman, em coletiva de imprensa no Comando Militar do Leste, anunciou o começo da operação para garantia da lei e da ordem e reafirmou que o objetivo da ação integrada é combater o crime com uso de inteligência, seguindo o modelo de integração entre forças de segurança locais e federais empregado na Rio 2016. "A operação não dará resultados extraordinários do dia para a noite. Não teremos mágica, teremos trabalho duro", disse Jungmann.
O novo modelo de ação das forças federais é diferente do aplicado na ocupação do Complexo da Maré, em abril de 2014. Não haverá ocupações permanentes e presença ostensiva será empregada apenas quando necessário. As ações não serão rotineiras e os patrulhamentos e ocupações não serão informados com antecedência.
A reunião da tarde no Comando Militar do Leste teve a presença do secretário de Segurança, Roberto Sá, e de representantes de todas as forças envolvidas na operação, reafirmando o discurso do governo de mostrar que se trata de uma operação conjunta e integrada.
Pela manhã, Jungmann e o ministro da Justiça, Torquato Jardim, foram recebidos pelo governador Luiz Fernando Pezão no Palácio Guanabara para discutir medidas contra a violência.
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