O açude de Boqueirão, no Agreste da Paraíba, recebeu menos de 1% de recarga d'água no mês de julho. Os dados são da Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado (Aesa). No período, o reservatório saiu de 6,84% para 7,73%, um acréscimo de 0,89% no volume de água. É a menor recarga desde a chegada das águas da transposição do Rio São Francisco, no mês de abril.
Entre os dias 30 de abril e 31 de maio, o volume de água no açude subiu de 3,45% para 5,46%, um acréscimo de 2%. No mês seguinte, de 31 de maio a 30 junho, houve acréscimo de 1,38% no volume, quando o manancial já apresentava 6,84% da capacidade máxima.
Na segunda-feira (31), técnicos da Aesa e da empresa que presta serviços ao Ministério da Integração estiveram visitando cinco pontos das obras da transposição do Rio São Francisco nos trechos entre a cidade de Sertânia, no Pernambuco e Monteiro, no Cariri paraibano. O objetivo foi buscar medições unificadas entre os dois órgãos.
Na visita ficou constatado que a vazão da água na chegada ao Rio Paraíba, em Monteiro, está em 3,51 metros cúbicos por segundo. No açude de Boqueirão a vazão é ainda menor. Na bacia do manancial, a vazão está chegando a 2,9 metros cúbicos por segundo, mas no espelho d'água a vazão é de 1,42 metros cúbicos por segundo.
Segundo o presidente da Aesa, João Fernandes, uma realidade que já vinha sendo alertada a alguns meses. “A primeira vazão que nos foi dada era de 6 metros cúbicos por segundo, mas vimos que está chegando apenas 3 metros cúbicos por segundo, ou seja caiu pela metade nossa vazão, isso com certeza atrapalhou nossos prazos para libertação [do racionamento] de Boqueirão”, explicou.
João Fernandes disse ainda que o problema tem sido causado por conta de um problema técnico detectado numa das estações elevatórias no Pernambuco. “Uma das bombas apresentou problema na EBV 5 e por isso não está funcionando. Estamos com apenas uma boma funcionando na estação, explicando a diminuição considerável na vazão”, finalizou.
Fonte:http://g1.globo.com