Petrobras faz novo reajuste e gasolina já sobe mais de 10% em setembro
Economia
Publicado em 05/09/2017

Furação Harvey, que afetou produção de petróleo nos EUA, é um dos motivos para a alta de preços; valor médio cobrado do consumidor final atingiu R$ 3,778 na semana passada, recorde do ano.

A Petrobras anunciou nesta segunda-feira (4) uma nova elevação nos preços da gasolina em suas refinarias, que passam a acumular alta de mais de 10% em poucos dias de setembro. O aumento acontece após o furacão Harvey fechar refinarias nos Estados Unidos e levar a uma disparada nos valores de referência do combustível na semana passada.

A estatal disse em comunicado que o novo reajuste foi decidido por seu Grupo Executivo de Mercado e Preços (GEMP), convocado quando há necessidade de reajustar os combustíveis em mais de 7% para cima ou para baixo em um único mês.

Nesta segunda, a Petrobras anunciou alta de 3,3% na gasolina a partir de terça-feira (5). Na semana passada a companhia já havia anunciado reajustes de 4,2% e 2,7% para a gasolina.

No diesel, o reajuste anunciado nesta segunda-feira foi marginal, de 0,1%. Antes o combustível havia subido 0,8% e 4,4%.

Dados divulgados pela Agência Nacional de Petróleo (ANP) mostram que o preço médio da gasolina para o consumidor atingiu o maior valor do ano na semana passada - de R$ 3,778 por litro.

Preços dos combustíveis
Valor por litro, na média nacional
em R$gasolinadieseletanol22/429/46/513/520/527/53/610/617/624/61/78/715/722/729/75/812/818/825/81/92,252,52,7533,253,53,754
Fonte: ANP

 

Furação Harvey

 

 

O furacão Harvey, que atingiu refinarias no Golfo do México, foi uma das justificativas para a mudança de preços. "Na última semana, em face dos impactos do furacão Harvey na operação das refinarias, oleodutos, e terminais de petróleo e derivados no Golfo do México, os mercados de derivados sofreram variações intensas de preços", disse a Petrobras em nota sobre os reajustes desta segunda.Apesar da convocação do grupo de preços para autorizar reajustes logo no início do mês, a Petrobras afirmou que a avaliação dos executivos do GEMP é de que a companhia tem conseguido praticar valores adequados às volatilidades dos mercados de derivados e do câmbio.

Especialistas do mercado já apontavam que os efeitos do Harvey deviam pressionar a Petrobras a novos reajustes na gasolina, devido às promessas da companhia de não praticar preços abaixo da paridade internacional.

Os impactos da tempestade nos EUA, no entanto, começam a ser dissipados nesta semana, com refinarias retomando lentamente suas atividades. Os preços de referência da gasolina nos Estados Unidos caíam cerca de 4% nesta segunda para os níveis mais baixos desde 25 de agosto, quando o Harvey atingiu o continente.

FONTE:http://g1.globo.com

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