Grupo de monitoramento disse que a luta ainda estava fora da cidade.
menos de 1km da cidade.
As forças do governo sírio entraram nesta quinta-feira (24) na cidade histórica de Palmira, que estava sob domínio do Estado Islâmico. A informação foi divulgada pela TV pública síria, segundo a BBC.
Um grupo de monitoramento disse que ainda estavam ocorrendo combates do lado de fora da cidade, segundo a Reuters.
O canal de notícias estatal Ekhbariya transmitiu imagens dos arredores de Palmira e disse que os combatentes do governo tinham assumido o controle de um bairro de hotéis no oeste, ainda de acordo com a Reuters.
"Nós dizemos a esses homens armados, estamos avançando para Palmira, e para o que está além de Palmira, e se Deus quiser para Raqqa, o centro das gangues do Daesh", disse soldado entrevistado pelo Ikhbariya, referindo-se à capital de facto do Estado Islâmico no norte da Síria.
A cidade é situada estratégicamente entre Damasco e de Deir al-Zour, no leste do país.
Com a aproximação das tropas do governo, o Estado Islâmico ordenou que os últimos 15 mil civis deixem a cidade por causa dos combates que se aproximavam, de acordo com o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH). A progressão das tropas do governo é mais lenta devido à presença de bombas implantadas pelos jihadistas nas cercanias da cidade.
O Exército sírio lançou no início deste mês uma ofensiva concentrada em retomar a cidade. Na noite de quarta-feira (23), os soldados estavam a menos de 1 km da cidade e esperavam recapturá-la em questão de horas. "Estamos a 850 metros da cidade de Palmira. Em algumas horas as forças do governo vão declarar a cidade completamente segura, se Deus quiser", disse um soldado à televisão estatal.
Patrimônio da Unesco
O Estado Islâmico tomou o controle de Palmira, cujas ruínas grecorromanas são Patrimônio Mundial da Unesco, em 20 de maio de 2015, após uma ofensiva em que conquistou amplas zonas do leste da província de Homs, na fronteira com o Iraque.
A cidade abrigava monumentais ruínas de uma grande cidade que foi um dos maiores centros culturais do mundo antigo. Uma parte desse patrimônio foi destruído pelos jihadistas.
Os jihadistas do grupo Estado Islâmico cometeram crimes de guerra ao explodir o templo de Baalshamin, que começou a ser construído no ano 17 e que, posteriormente, foi ampliado pelo imperador romano Adriano em 130.
Em setembro de 2015, os jihadistas também explodiram o templo de Bel, considerado o mais importante do conjunto arqueológico de Palmira.
O EI está excluído do cessar-fogo iniciado no território sírio no fim de fevereiro entre o governo de Damasco e a Comissão Suprema para as Negociações (CSN), a principal aliança opositora.
A organização extremista proclamou no final de junho de 2014 um califado nos territórios que conquistou na Síria e no Iraque.
Do G1, em São Paulo