A Paraíba tem 39,26% mais automóveis novos licenciados nos primeiros 17 dias de setembro deste ano que em 2016. Dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), apresentados nesta sexta-feira (29) em João Pessoa, ainda mostram que o acumulado de motos licenciadas neste ano e no ano passado foi superior ao de carros.
O presidente nacional da Fenabrave Alarico Assumpção disse, em entrevista coletiva, que as vendas de automóveis no estado foram “extremamente positivas” neste ano, superior ao aumento nacional de 25,05%.
Quanto ao aumento no número do licenciamento de motos na Paraíba, Alarico disse que se deve à nova obrigatoriedade do emplacamento de motos de 50 cilindradas, as “cinquentinha”. “Na Paraíba tem um grande número desse tipo de moto. O aumento nos números não significam necessariamente um aumento no segmento de duas rodas”, concluiu.
As vendas de veículos, desde 2015, entre R$ 40 mil e R$ 60 mil foram superiores ao comércio dos modelos com valor inferior a R$ 40 mil - o que tem se acentuado ainda mais desde agosto de 2016.
Segundo Alarico, “isso se deve a dificuldade de liberação de crédito para as pessoas que procuram os veículos com valores entre R$ 20 mil e R$ 40 mil. O segmento que procurar automóveis entre R$ 40 mil e R$ 60 mil costuma ter uma reserva de dinheiro, além de uma estabilidade financeira maior”.
No ano passado tinham nas ruas, de 1º de janeiro até 17 de setembro, 17.272 automóveis e veículos comerciais leves a mais na Paraíba. Em 2017, no mesmo período, foram 18.382 novos veículos licenciados, representando 6,43% a mais.
Superando os números dos carros, 34.415 motos foram licenciadas em 2016. Neste ano foram 18.502 até o dia 17 de setembro.
Na coletiva, a Fenabrave ainda disse que a indústria de caminhões está “depressiva” e atuando com menos de 30% da capacidade. Já a de motos atua com 35%, sendo a maior parte do setor geral de motocicletas.
A indústria de motocicletas de nicho [de maior cilindrada] está 40% ativa, mas ela representa apenas 5% das motos vendidas, logo é pouco expressiva sua fatia no balanço geral de atividades.
FONTE:https://g1.globo.com