Um ano após morte de Vivianny Crisley, família busca pena máxima para acusados
Policial
Publicado em 23/10/2017

Vendedora desapareceu depois de festa em João Pessoa e foi encontrada morta. Acusados foram pronunciados e aguardam data do júri popular.

Um ano após o desaparecimento e morte da vendedora Vivianny Crisley, em João Pessoa, a família da vítima busca formas de superar a perda e espera pena máxima para os três acusados do crime. Vivianny foi vista pela última vez na madrugada do dia 21 de outubro de 2016 em um bar localizado no bairro dos Bancários. Ela passou 15 dias desaparecida e o corpo foi encontrado carbonizado, em uma mata, em Bayeux, na Grande João Pessoa.

Em agosto, em audiência de instrução e julgamento, os acusados Allex Aurélio Tomas dos Santos, Fágner das Chagas e Jobson Barbosa foram pronunciados e vão a júri popular. A data do julgamento ainda não foi definida.

“Estamos tentando superar o que aconteceu. O pai de Vivianny, desde então, está bastante frágil, com problema de coração, pode ter que passar por cirurgia. A mãe dela está cuidado da filha de Vivianny [de 1 ano e 7 meses]. Foi nisso que a família se apegou para seguir”, comentou a prima da vítima, Wellintânia Freitas.

 

A filha de Vivianny conviveu pouco tempo com a mãe, mas a família se esforça para manter a lembrança. “Nós falamos bastante de 'Vivy' pra ela. Sempre mostramos fotos para que ela permaneça viva em sua memória. Mas sua ausência certamente é muito sentida pela filha”, explicou Wellintânia.

O advogado Bruno Deriu, que defende Jobson e Fagner, afirma que a defesa sustenta a tese de negativa de autoria. “Eles não participaram. Segundo eles, o autor material do crime foi Allex”, afirmou. O G1 não conseguiu localizar a defesa de Allex.

 

Relembre o caso

 

Três homens foram presos suspeitos de participação no crime. Primeiro Allex Aurélio Tomás dos Santos, em João Pessoa, e, em seguida, Jobson Barbosa da Silva Júnior, conhecido como Juninho, e Fágner das Chagas Silva, apelidado de Bebé, no Rio de Janeiro.

Segundo eles, o trio conheceu Vivianny na noite do crime, no bar em que eles estavam e de onde saíram de carro para procurar outro lugar onde encerrar a noite. Como não acharam outro bar aberto, foram para a casa de Juninho, em Bayeux, próximo ao local onde o corpo de Vivianny foi encontrado. Ela foi golpeada sucessivamente com chave de fenda na cabeça e seu corpo foi queimado com a ajuda de gasolina e um pneu.

De acordo com os depoimentos dos três, a motivação do crime foi o fato dela ter gritado dentro do carro e ficar “perturbando” o trio para ir para casa. Nenhum dos suspeitos revelou se havia intenção de estuprar Vivianny e, por conta do estado do corpo, a perícia também não conseguiu constatar se houve violência sexual.

Allex Aurélio, Jobson Barbosa e Fagner das Chagas foram denunciados pelo Ministério Público, em fevereiro, por sequestro, homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e crueldade, e ocultação de cadáver. Os três estão aguardando julgamento presos no Presídio PB1, para a própria segurança deles.

Fonte:https://g1.globo.com

 

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