Polícia investiga fraude de R$ 15 milhões na venda de lotes em condomínio de luxo na Paraíba
O que acontece..
Publicado em 19/12/2017

Compradores dos lotes em condomínio na praia de Coqueirinho disseram que, em seis anos, nenhuma estrutura foi construída no local.

 

Uma operação da Polícia Civil que investiga a suspeita de desvio de mais de R$ 15 milhões na venda de lotes em um condomínio de luxo foi deflagrada na manhã desta terça-feira (19) em João Pessoa. De acordo com o delegado João Ricardo, da Delegacia de Defraudações e Falsificações, a empresa alvo da operação já teria vendido mais de 300 lotes no Brasil e no exterior, em mais de cinco anos, mas nenhuma etapa da construção do condomínio foi feita.

Três mandados de busca e apreensão na sede da empresa e em endereços pessoais de um dos administradores foram cumpridos na primeira fase da operação, batizada de “Maresia”. Foram apreendidos documentos, como registros de movimentações bancárias e panfletos do empreendimento, além de computadores, que vão ser periciados para apurar as suspeitas de fraude.

Segundo a polícia, as investigações começaram há cerca de três meses, após denúncias de vítimas do suposto golpe. O delegado informa que foi criada uma associação com pelo menos 150 pessoas que teriam sido vítimas da fraude. Os documentos apreendidos e os depoimentos de vítimas e de suspeitos apontaram indícios de que a empresa negociava o empreendimento mesmo sem construir nada, e que as empresas apresentavam desculpas para o descumprimento das obrigações.

Os lotes eram vendidos a pelo menos R$ 40 mil, sendo que algumas vítimas teriam investido mais de R$ 300 mil. O condomínio fica localizado na praia de Coqueirinho, no município do Conde, no Litoral Sul.

“O empreendimento foi lançado pela empresa no ano de 2011, com mais de 1.500 lotes e promessa de ser entregue em abril deste ano. Foram vendidos mais de 400 lotes e essa associação de vítimas procurou a delegacia denunciando que até agora nenhuma obra foi feita no local e os donos da empresa não esclareceram nada”, disse o delegado.

Um dos donos do empreendimento mora na Inglaterra e os demais sócios são paraibanos. A construção era vendida como um condomínio de luxo, tanto em João Pessoa quanto em sites do exterior.

 

 

 

 

Fonte: https://g1.globo.com

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