Policiais civis e peritos da Paraíba levam caixão e cruzes para praia em protesto
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Publicado em 18/01/2018

Categorias fizeram manifestação contra precariedade da profissão e cortes salariais.

Policiais civis e peritos do Instituto de Polícia Científica (IPC) levaram um caixão ao Busto de Tamandaré e fincaram cruzes na praia de Tambaú, em João Pessoa, em protesto nesta quinta-feira (18) contra a precarização das categorias. Conforme Suana Melo, presidente da Associação dos Policiais Civis de Carreira da Paraíba (Aspol-PB), o protesto é para simbolizar a perda de 40% do salário ao se aposentar e da falta de condições de trabalho que resulta em mortes na categoria.

Em nota, a Secretaria de Segurança e Defesa Social da Paraíba (Seds) informou que esse foi governo que mais reajustes deu à Polícia Civil nas últimas décadas. "Esperamos que a categoria compreenda o atual momento econômico que vivem os estados atualmente. Respeitamos todas as reivindicações, desde que elas não tenham motivação político-partidária".

 

Ainda de acordo com a Aspol-PB, os policiais são obrigados a tirar plantão, recebendo 1/3 da hora extra que deveriam receber. No centro do debate está a Lei Estadual 11.066, que segundo a entidade, promoveu perdas salariais à categoria.“Sofremos com a falta de respeito do governo que nos paga o pior salário do país e ainda nos faz trabalhar com um efetivo insuficiente, trabalhando por mais de três policiais, lembrando que existem mais de 700 policiais aptos à aposentadoria, mas não se aposentam, face às perdas salariais”, reclamou a presidente da Aspol-PB.O presidente do Sindicato dos Peritos Oficiais da Paraíba (Sindiperitos-PB), Herbet Boson, explicou que outro problema encontrado no trabalho é o acúmulo de função e o descumprimento de resoluções da Justiça, como é o caso da recomendação do Núcleo de Controle de Atividade Policial do Ministério Público da Paraíba em que os delegados devem comparecer às cenas dos crimes. Segundo ele, em cerca de 90% dos casos os registros são feitos sem presença de delegados.

FONTE:https://g1.globo.com

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