Sonho em ser jornalista ajudou jovem em nota 980 na redação do Enem 2017 na PB
O que acontece..
Publicado em 19/01/2018

Mikaelly Rocha, de 17 anos, escrevia até quatro redações por semana e lia 'notas 1000'.

O desejo de ser jornalista e a dedicação exclusiva à preparação da redação levaram Mikaelly Rocha, de 17 anos, a alcançar a nota 980 na redação do Enem 2017. A estudante conta que chegou a fazer até quatro redações por semana e ler ao menos uma redação nota 1000. Conciliando estudos somente na escola e em sua casa, a adolescente obteve uma das maiores notas na redação na Paraíba.

“Sempre tive muito interesse em redação, principalmente por conta do curso que quero fazer que é jornalismo. Então iniciei uma oficina de redação com a professora Anne Cléa. A rotina consistia em estudar quatro horas por dia e nos fins de semana me dedicava à redação, fazia de duas a quatro por fim de semana”, explicou.

Mikaelly conta que escrevia entre duas a quatro redações por semana de estudo, somente nos fins de semana, para chegar afiada no Enem. Tanto cuidado na preparação para a prova obrigou a adolescente a abdicar de festas com os amigos ou familiares. “É quase impossível no ano de preparação para o Enem ter uma vida social ativa”, comentou Mikaelly.

Para aliviar a rotina desgastante de estudo, Mikaelly usava o tempo livre para ler. Ela brinca que para muitos poderia parecer estudo, mas para ela era uma forma mais leve de relaxar. A professora de redação de Mikaelly, Anne Cléa, do Decisão Colégio e Curso em João Pessoa, comentou que a rotina da adolescente ajudou no desempenho, principalmente porque a preparação para a redação do Enem é baseada na prática.

“O Enem cobra um conjunto de competências na redação. Por isso, o acompanhamento de um professor é importante para que o aluno tenha diretrizes de onde pode melhorar. Estudar para a redação do Enem é como frequentar uma academia, é preciso manter uma frequência na preparação”, destacou a professora Anne Cléa.

O tema da redação do Enem 2017 foi um dos mais difíceis de prever, de acordo com Mikaelly Rocha. Ele explicou que chegou a estudar sobre a inclusão de pessoas com deficiência, incluindo o âmbito da educação, mas em nenhum momento especificamente sobre pessoas com deficiência auditiva.

 

“Creio que foi o motivo do número de redações nota mil cair em relação ao Enem passado”, avaliou.

 

A nota da redação ajudou e a adolescente que nasceu no Recife, em Pernambuco, mas adotou a Paraíba desde os 10 anos, acredita que vai conseguir realizar o sonho de cursar jornalismo, de trabalhar escrevendo, assim como deseja. “Comecei a escrever para trabalhos escolares e percebi que eu poderia trabalhar com isso. Eu vou tentar e acho que dará certo. Mais importante que a boa nota foi o apoio e ajuda das pessoas me me amam. Nisso eu tive muita sorte, pois toda minha família sempre esteve presente”, concluiu a jovem nota 980 na redação e provável jornalista.

Fonte:https://g1.globo.com

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