CRM-PB aponta irregularidades na Maternidade Frei Damião, em João Pessoa
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Publicado em 14/03/2018

Segundo órgão, tanques de oxigênio e fiação elétrica exposta podem causar incêndio.

Várias irregularidades foram encontradas na Maternidade Frei Damião, no bairro Cruz das Armas, em João Pessoa, durante fiscalização do Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB), nesta quarta-feira (14). Segundo o órgão, algumas áreas apresentam riscos de incêndio e a quantidade de roupas, de cama e para pacientes, é insuficiente para atender a demanda do local.

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) informou, por meio de nota, que ainda não recebeu o relatório da visita, mas afirmou que já havia uma reunião agendada com a diretoria da unidade, representantes da SES e o CRM-PB, para próxima segunda-feira (19). Na nota, ainda é dito que a secretaria “vem realizando um acompanhamento no sentido de qualificar os serviços da Maternidade Frei Damião”.

Segundo o diretor de Fiscalização do CRM-PB, João Alberto Pessoa, a denúncia partiu de médicos que relataram uma quantidade reduzida de profissionais atuando na unidade de saúde, o que foi constatado. Durante a fiscalização, também foram verificadas áreas sem a higienização necessária, além do não funcionamento da lavanderia do hospital e, por isso, a roupas estariam sendo lavadas no Hospital Arlinda Marques.

Ainda de acordo com o diretor, os riscos de incêndio na unidade de saúde chamaram a atenção da equipe. “Recebemos informações no hospital de que, às vezes, a fiação não suporta a carga e ocorrem curto-circuitos. Encontramos uma área composta de muitos torpedos de oxigênio e, apesar do oxigênio não ser inflamável, ele alastra o fogo e a fiação estava muito exposta. Fizemos, inclusive, uma denúncia ao corpo de bombeiros para que eles façam uma fiscalização. Nos chamou atenção também um rato morto na fiação, perto do setor de gerador, um rato relativamente grande ”, destacou.

 

O diretor ressaltou que existem setores funcionando de forma adequada no hospital, no entanto, também relatou que outras situações são preocupantes para o órgão. “Nós encontramos esgoto aberto na parte externa, perto da central de oxigênio, motivo de ingresso de ratos e baratos. Em setembro do ano passado, teve um incêndio naquela unidade hospitalar. Depois desse incêndio, nada foi feito, continua nas mesmas condições. ”, afirmou.

Segundo ele, um relatório da fiscalização, com prazo para a regularização das inconformidades, está sendo elaborado e deve ser encaminhado à diretoria do hospital, ao Ministério Público, à Vigilância Sanitária Estadual e à Secretaria de Estado da Saúde.

FONTE:https://g1.globo.com

 
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