'Outras Marielles virão', diz tia da vereadora assassinada no Rio, em vigília na PB
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Publicado em 16/03/2018

Marielle Franco e Anderson Gomes foram mortos a tiros dentro de um carro, na Região Central do RJ.

Morreu Marielle, mas outras Marielles virão”, declarou a tia da vereadora carioca Marielle Franco (PSOL), que foi morta a tiros dentro de um carro na Região Central do Rio, na noite da quarta-feira (14). Maria das Neves mora em João Pessoa e participou de uma vigília pela vereadora e pelo motorista Anderson Pedro Gomes, realizada no Parque da Lagoa, no fim da tarde desta sexta-feira (16) na capital paraibana.

Maria das Neves comparou a luta de Marielle com a da paraibana Margarida Maria Alves, que era militante dos direitos trabalhistas no campo e foi executada, em 1983.

 

"Mesmo que encontre o culpado, não vale a pena. Porque quantos já foram? Cadê Margarida Maria Alves? Quantas Marielles vão ainda passar por essa tristeza, por esse crime brutal?”, pontuou.

 

A tia falou em nome da família de Marielle, sobre o desejo de justiça e lamentou o assassinato da sobrinha.

 

“Nós, da família, não queremos vingança, queremos justiça. Porque não vale a pena, não volta mais. É pedir a Deus que dê aquele poder de perdoar, porque é muito difícil perdoar um ser humano desse. Minha sobrinha tinha 38 anos e era uma batalhadora, uma mulher guerreira mesmo”, disse.

Vigílias na Paraíba

 

Em João Pessoa, a vigília por Marielle e Anderson aconteceu a partir das 16h no Parque da Lagoa, no Centro da cidade. Manifestantes se reuniram com faixas e cartazes e alguns usaram o microfone para demonstrar indignação diante do crime. A Central Única dos Trabalhadores da Paraíba (CUT-PB) estima que 500 pessoas compareceram ao ato. A Polícia Militar não divulgou estimativa de participantes.Também houve vigília em Campina Grande. Cerca de 300 pessoas, segundo a organização, estiveram reunidas no Calçadão da Cardoso Vieira, no Centro da cidade, em um ato de repúdio pelo assassinato da vereadora. A ação foi promovida pela Associação dos Docentes da Universidade Estadual da Paraíba (Aduepb) e pelo Comitê Campinense Contra a reforma de Previdência.

Com faixas, cartazes, e bolas pretas nas mãos, o sentimento das pessoas que participaram do ato era de luto e revolta, pela morte da mulher que ficou conhecida em todo o Brasil por denunciar a violência e combater o racismo.

FONTE:https://g1.globo.com

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