Na denúncia, o procurador do caso relata que os denunciados tentaram, mediante grave ameaça com emprego de arma de fogo, e exercício de violência física, assaltar a agência dos Correios. Na ação, um deles ficou encarregado de entrar nos Correios, enquanto outro ficaria na entrada e um terceiro permaneceria do lado de fora, dando cobertura aos comparsas.

Três funcionários foram reféns e houve luta corporal com um dos vigilantes da agência, que foi interrompida pela chegada de um vigilante da UFCG, que efetuou disparo de arma de fogo com caráter inibitório. Segundo relatado na denúncia, durante esse período, um dos denunciados permaneceu no interior da agência e, em razão da presença da Polícia Militar, fez reféns os outros dois funcionários.

Na sequência, foram iniciadas as negociações para liberação dos reféns e rendição dos denunciados. Enquanto o homem estava no interior da agência com as vítimas, outro denunciado matinha negociação entre a polícia e o comparsa.

Ainda de acordo com a denúncia do MPF, somente três horas depois de iniciada a negociação, e depois de atendidas as exigências formuladas pelos denunciados, tais como a presença da

imprensa, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e o fornecimento de colete balístico, é que os reféns foram liberados e os denunciados entregaram-se.

“A materialidade e a autoria delitivas estão perfeitamente corporificadas no auto de prisão em flagrante, nas imagens das câmeras de segurança, nos depoimentos das testemunhas, especialmente vigilantes e os funcionários feitos reféns, e na própria confissão dos denunciados em sede policial”, relata o procurador da República na denúncia.