A diminuição, no entanto, não aparece somente com relação aos jovens. Em 2012, a Paraíba começou a apresentar uma diminuição no número geral de homicídios. Segundo o Atlas da Violência, em 2011, a Paraíba ocupada o 3º lugar no ranking de estados mais violentes do país. Nessa época, o estado registrou o maior número de homicídio entre 2006 e 2016. Foram 1614 mortas.
No entanto, desde então, a diminuição foi gradativa. Em 2016, a Paraíba atingiu o 18º lugar no ranking, quando o número de homicídios chegou em 1355.
A maioria desses homicídios foram cometidos por arma de fogo. Em 2016, último ano a ser analisado pelo Atlas da Violência, 78% das morte foi por disparos. Em 2011 essa porcentagem chegou a atingir 85%.
Conforme analisa o Atlas da Violência, algumas taxas que mostram a violência contra a população negra e não negra, evidenciam a desigualdade e chamam atenção para o fato de que sete estados registraram taxas de homicídios entre não negros de apenas um dígito, o que, para o caso brasileiro – que registrou em 2016 a taxa de 30,3 homicídios para cada 100 mil habitantes –, é extremamente raro. A Paraiba está entre esses sete estados.
Até 2006 até 2010, a taxa de homicídios de pessoas não negras não chegou a 4, sofrendo uma variação apenas de 3 e 3,7 para um grupo de cem mil habitantes. Em 2011, a taxa começa a aumentar, e só cai em 2016, quando atinge 5,8 para cem mil habitantes.Já a taxa de homicídios de negros, os números chegam aos dois dígitos desde 2006 e apresenta crescimento até 2010, quando atinge a maior taxa (60,1) em dez anos. Desde então, a menor taxa só conseguiu ser atingida em 2016, quando chegou a 46,5 negros mortos para cada cem mil habitantes.
FONTE:https://g1.globo.com