A conclusão do inquérito dependia do resultado de um laudo pericial, que confirmou que a jovem de 18 anos foi agredida no rosto com socos, como relatado em depoimento pela própria vítima. A informação sobre a conclusão do inquérito foi confirmada pelo delegado na tarde desta terça-feira (5), que ressaltou que o documento foi encaminhado ao juizado especial da comarca de Patos. Como não houve prisão em flagrante, o aluno responde ao processo em liberdade.
O caso aconteceu na noite de 3 de maio deste ano, em uma área de lazer, fora do campus, onde estava sendo realizada a calourada. Em depoimento à polícia, a aluna relatou que estava com um grupo de amigos quando o rapaz se aproximou, com sinais de embriaguez, chamando-a para dançar. Ela recusou e alguns instantes depois ele voltou a insistir que ela dançasse com ele. A jovem, mais uma vez, se negou a dançar com ele e o empurrou, pois ele estava insistindo contra a vontade dela.
O jovem revidou o empurrão, agrediu a jovem com um soco no rosto e fugiu do local em seguida, ainda conforme o depoimento da vítima à polícia.
Em nota, os advogados do suspeito disseram que, em nenhum momento, ele tentou ter contato com a jovem, como também negam a agressão. Rodolfo espera que os fatos sejam esclarecidos porque, segundo os advogados, ele é inocente. Já em depoimento à Polícia Civil, segundo o delegado Manoel Martins, Rodolfo disse que não lembrava de nada que havia acontecido, pois havia bebido.
Nesta terça-feira, o diretor do campus de Patos, Sérgio Ricardo, também confirmou que foi feita uma minuta de resolução, que regulamenta a realização de festas no âmbito da UFCG e a receptividade de “feras”. Entre os pontos, está a proibição de consumo de bebidas alcoólicas, trotes humilhantes e agressões físicas.
Ainda segundo o professor Sérgio Ricardo, a regulamentação também proíbe o uso do nome ou a referência à instituição na realização de eventos fora do campus. A minuta vai ser apreciada por uma comissão formada por professores, técnicos e alunos.
Sobre o caso envolvendo os alunos, a UFCG disse que não tem meios legais para aplicar punição ao aluno, pois o caso ocorreu fora do campus. O professor Sérgio Ricardo também destacou que, apesar de ter procurado a Polícia Civil, a aluna não fez nenhuma denúncia junto à UFCG.
FONTE:https://g1.globo.com