Até o início da manhã da segunda-feira (11), o Hospital de Trauma já havia registrado cinco casos. Outras duas pessoas que viram os casos sendo relatados na imprensa também procuraram atendimento durante a tarde. Na noite de segunda-feira, mais sete pessoas homens procuraram o hospital relatando o mesmo caso. Mais duas vítimas foram ao Trauma nesta terça-feira. Ao todo são 16 pessoas.
O secretário de Segurança e Defesa Social da Paraíba, Cláudio Lima, afirmou que pretende juntar esforços para poder garantir a segurança da população, procurar as falhas e buscar reparar para desenvolver um melhor trabalho preventivo.De acordo com o capitão da Polícia Militar, Jhonata Yassaki, as denúncias estão sendo apuradas. Ele destacou que as ocorrências não foram notificadas na Polícia Militar, pois as vítimas foram em busca de atendimento médico imediato. Desde as primeiras horas da manhã de segunda-feira, as imagens das câmeras de segurança do Parque do Povo estão sendo analisadas. A PM também destacou que a biometria facial anunciada pela empresa organizadora não está sendo feita.“As informações que tivemos foi através da imprensa e do Hospital de Trauma, porque as vítimas buscaram de imediato o atendimento de saúde preventivo. Pegamos algumas características com as vítimas e estamos analisando as câmeras de segurança. E o comando também pediu o reforço nos procedimentos de segurança”, disse ele.
Já a empresa Aliança, que faz a organização do evento, divulgou uma nota na tarde de segunda-feira, informando que estava trabalhando em conjunto com a Polícia Militar para investigar os casos. A nota ainda diz que nos postos de atendimento do Parque do Povo, apenas uma ocorrência foi registrada.Sobre a biometria facial, a assessoria de imprensa da Aliança informou que os equipamentos foram garantidos, mas ainda precisam ser instalados nas entradas do Parque do Povo. Apesar disso, até a tarde desta segunda-feira não foi anunciado um prazo para a instalação.
A médica do Hospital de Trauma informou que, após o atendimento, a equipe de saúde confirmou que havia marcas de agulhadas no corpo das vítimas, mas que ainda não há como saber se as seringas estavam com alguma contaminação ou não.
O procedimento feito no hospital, segundo Priscila de Sá, foi registrar um protocolo de acidente por agulha possivelmente contaminada e fornecer aos pacientes a medicação necessária para evitar infecção pelo vírus HIV.Além disso, as vítimas também foram encaminhados para o setor responsável pela medicação contra infecção do vírus hepatite B.
Onde procurar atendimento médico
Para realização de exames (testes rápidos), quem precisar de atendimento pode procurar o Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), no Centro de Saúde Francisco Pinto, localizado na Rua Venâncio Neiva, Centro de Campina Grande.
No Serviço de Assistência Especializada (SAE), o paciente pode receber acompanhamento com médicos e equipe multiprofissional e receber a medicacação necessária. O SAE fica na Rua Siqueira Campos, 658, no bairro da Prata.
Mais informações podem ser obtidas nos telefones (83) 3310-7069 (CTA) ou (83) 3322-3272 (SAE).
FONTE:https://g1.globo.com