De acordo com o coordenador do IPC de João Pessoa, coronel Fábio Almeida, “o que ficou apurado é que não há perfil genético compatível com sangue humano. Fora isso, não foi feito mais nenhum estudo para saber qual o tipo de sangue, ou qual tipo líquido é. Não foi feito isso, até porque não é sangue humano”, disse ele.
As quatro seringas foram encontradas em uma rua lateral ao Parque do Povo, na madrugada do dia 17 de julho deste ano. Dentro das seringas, havia sangue diluído em soro, mas até então não se sabia se o sangue era humano. Em uma primeira análise também foi percebido que o sangue havia sido refrigerado. Segundo a Polícia Civil, não foi confirmada ainda nenhuma relação dessas seringas apreendidas com os casos de “agulhadas” investigadas no Parque do Povo.
Na manhã desta quinta-feira (19), o delegado de Polícia Civil, Henry Fábio, vai conceder uma coletiva de imprensa para divulgar detalhes da investigação e do resultado das análises feitas no sangue encontrado nas seringas. A coletiva vai acontecer na Central de Polícia Civil, em Campina Grande.
O caso das “agulhadas” se tornou alvo de investigação depois que várias pessoas deram entrada no Hospital de Trauma de Campina Grande relatando que foram vítimas de agulhadas dentro do Parque do Povo, durante a festa do Maior São João do Mundo, e em um bloco junino que saiu pelas ruas de Campina Grande no dia 3 de junho. Até o fim da festa, cerca de 40 pessoas foram atendidas.
Segundo a Polícia Civil, entre as pessoas ouvidas na delegacia, apenas duas relataram que viram um objeto semelhante a agulha de seringa depois de sentirem o ferimento. A Polícia Civil ainda não confirmou a identificação de nenhum suspeito e também não sabe informar se todas as vítimas que relatam ter sido furadas por agulhas de seringas. Isso porque o ferimento provocado por agulha de seringa por ser confundido com o ferimento provocado por outro objeto perfurocortante.
Há quase um mês a Polícia Civil está em posse das imagens das câmeras de segurança, analisando os vídeos para tentar identificar suspeitos que se aproximaram das vítimas no momento em que elas foram feridas. Mas não há confirmação de nenhuma identificação de suspeitos.
A maior parte das vítimas feridas foi atendida pelo Hospital de Trauma de Campina Grande. Apesar de a cidade ter um Serviço de Atendimento Especializado (SAE) do município, as vítimas procuraram o Trauma por causa do horário, tem em vista que o SAE só funciona durante o dia.