Após mãe dizer que criança foi morta por cabrito, na PB, laudo reforça agressão de padrasto
O que acontece..
Publicado em 21/08/2018

Laudo mostra que a lesão da criança foi causada no domingo e não no sábado como a mãe tinha dito.

O laudo pericial feito pelo Núcleo de Medicina e Odontologia Legal de Campina Grande (Numol) reforçou a suspeita de que o padrasto, Márcio José Silva Tavares de 30 anos, agrediu e matou o enteado de apenas um ano e quatro meses de idade. O crime aconteceu no dia 5 de agosto em Queimadas, cidade do Agreste da Paraíba.

 

Segundo o delegado responsável pelo caso, Cristiano Santana, o documento desmente a versão contada pela mãe da criança. Ela contou no Hospital Geral de Queimadas e à Polícia Civil que o filho foi atingido por um cabrito no dia anterior e por isso começou a passar mal.

No entanto, de acordo com o laudo, a lesão encontrada no baço da criança leva rapidamente à morte e o menino não sobreviveria até o dia seguinte (domingo), quando foi levado para a unidade de saúde.

“O mais interessante é que o laudo mostra que a lesão da criança foi causada no domingo e não no sábado como a mãe tinha dito e por isso ele não teria como sobreviver. Ele não especifica com que objeto o ferimento foi causado, mas diz que foi um meio contundente, como uma forte pancada”, contou o delegado.

Segundo a polícia, o suspeito de ter feito as agressões não tinha passagem pela polícia. Ele está preso na Cadeia Pública de Queimadas. Cristiano disse que ainda deve ouvir familiares e colegas de trabalho da mãe e do suspeito para concluir o inquérito, algo que segundo ele, ainda não há previsão para acontecer. Para o delegado, o laudo reforça a suspeita de que foi o padrasto da criança por causa dos dias em que as coisas aconteceram.

Entenda o caso

 

Márcio José Silva Tavares, de 30 anos, foi preso no dia 10 de agostosuspeito de espancar e matar o enteado de apenas um ano e quatro meses de idade, em Queimadas. Segundo o delegado Cristiano Santana, ele teria ameaçado a companheira e mãe da criança para que ela não contasse sobre o crime.

Na delegacia, a mulher contou que estava sendo ameaçada. Segundo ela, o filho estava chorando muito, ela tentou acalentar a criança, mas não conseguiu. O padastro arremessou o menino ao chão e começou a chutá-lo. Um dia depois, ela negou essa versão e voltou a afirmar que a morte do filho foi causada por uma cabeçada de um cabrito perto da casa onde morava, no Sítio Capoeira. Davi Luca morreu após ser levado ao Hospital Geral de Queimadas.

FONTE:https://g1.globo.com

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