Nesta terça-feira (23) o delegado que investiga o caso, Durval Barros, informou que ainda esta semana vai encaminhar o inquérito para a Justiça. Ainda seria feita uma perícia para confrontar as roupas e cova com o DNA da família, mas esse procedimento foi descartado após a mãe de Ana Katarina fazer o reconhecimento das roupas dela.
Segundo a investigação, Alisson matou a namorada na cidade de Soledade no dia 3 de junho de 2018 e enterrou o corpo dela na zona rural do mesmo município. Porém, dias depois ele voltou ao local para desenterrar o corpo e queimar. Depois de carbonizar o corpo, o namorado pegou a ossada e jogou as margens da BR-412, no município de Boa Vista. A ossada foi encontrada em 29 de julho de 2018, quase dois meses depois do crime. Alisson está preso desde o dia 4 de abril deste ano.
A Polícia Civil já havia encontrado uma lanterna, uma enxada e a moto que foram usados no dia do crime. O local onde a ossada foi encontrada já havia sido periciado. Com o encontro dessa primeira cova que ela foi enterrada e as roupas, a investigação está concluída. A investigação durou mais de 10 meses e foi feita por apenas dois policiais, Wellison Vagner e Martins Júnior, e o delegado Durval Barros.
Entre as provas que o inquérito da Polícia Civil vai embasar a denúncia do Ministério Público estão a lanterna e a enxada usada para cavar cova, as roupas de Ana Katarina, a moto usada no dia do crime, os resultados dos confrontos de DNA entre a ossada de Ana e a mãe dela, laudo do local onde a ossada foi encontrada e da primeira cova.
Além dessas provas, o que fortalece o inquérito é o depoimento de um adolescente amigo de Alisson que contou a Polícia Civil tudo que sabia sobre o crime. No depoimento, a testemunha diz que Alisson lhe procurou para contar que havia matado a namorado, contar o plano que tinha para ocultar o corpo dele e que Alisson ainda lhe pediu ajuda para ocultar o crime.
Na investigação também foram identificadas duas tentativas de despistar a investigação. A testemunha contou a Polícia Civil que Alisson tinha o plano de após executar todo o crime ligar par a polícia e incriminar um rapaz de nome “Jhony” que seria uma paquera de Ana.
Segundo a Polícia Civil, Alisson também criou um perfil falso em uma rede social e se passou por Ana Katarine para conversar com familiares e dizer que estava tudo bem com ela, para fazer parecer com que ela estivesse viva.
Fonte: https://g1.globo.com