Manancial conta apenas com 8,4% da capacidade total, que é de 411 milhões de metros cúbicos.
Obras da transposição chegam aos 86% de conclusão e Estado e Município tentam se preparar para receber a água
A situação do açude Epitácio Pessoa, conhecido como Boqueirão, responsável por abastecer toda a região de Campina Grande continua critica e é a pior já registrada. Atualmente, o manancial conta apenas com 8,4% da capacidade total, que é de 411 milhões de metros cúbicos (m³), e Campina sofre com um racionamento semanal, que faz com que a cidade tenha água apenas quatro dias na semana. A situação só deve melhorar com a chegada da água da transposição do Rio São Francisco, prevista para reforçar o volume do açude de forma definitiva somente em abril de 2017.
Segundo o governo federal, as obras da transposição estão mais de 86% concluídas. Com isso, para o secretário de Recursos Hídricos, do Meio Ambiente e da Ciência e Tecnologia da Paraíba, João Azevedo, o racionamento que vai passar a vigorar em Campina Grande a partir do dia 18 deste mês vai permitir que a cidade consiga aguardar a chegada da transposição em Boqueirão.
“Estamos com um racionamento muito forte na cidade de Campina Grande, fazendo distribuição apenas em quatro dos sete dias da semana. Esperamos que com essa ação, nós ainda tenhamos em abril de 2017 cerca de 20 milhões de m³ dentro do açude, o que daria um mínimo de segurança para a gente esperar a conclusão das obras da transposição”, disse o secretário.
Outra preocupação quanto ao baixo volume de Boqueirão é presença de cianobactérias e cianotoxinas, como revelou um documento oficial da Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa) ao Comitê da Bacia Hidrográfica da Paraíba (CBP-PB).
Porém, para o secretário João Azevedo, mesmo com o baixo volume e com a informação sobre a grande quantidade de cianobactérias e cianotoxinas, a água de Boqueirão não corre risco de deixar Campina em colapso.
Rádio Caruá Fm
Com Portal Correio