Canal da transposição está sem receber águas há quase 5 meses, em Monteiro, PB
17/07/2019 16:00 em O que acontece..

Problema teria sido causado em barragem que fica em Pernambuco.

O canal da transposição das águas do Rio São Francisco da cidade de Monteiro, no Cariri da Paraíba, está sem receber águas há quase cinco meses. De acordo com o presidente da Agência Executiva de Gestão das Águas (Aesa), Porfírio Loureiro, desde o dia 22 de fevereiro deste ano o bombeamento foi suspenso devido a um problema na barragem de Cacimba Nova, em Pernambuco.

 

Conforme a Aesa, a barragem teve uma sobrecarga acima do permitido no projeto. Por isso, o Ministério do Desenvolvimento Regional teria parado o bombeamento para o canal de Monteiro. O G1 tentou contato com o Ministério, mas, até as 15h40 desta quarta-feira (17), não houve resposta.

Alguns moradores contaram que o abastecimento ainda acontece por meio de carros-pipa, de vinte em vinte dias. Outras pessoas só recebem água em casa duas vezes na semana. De acordo com o presidente da Aesa, o bombeamento só deve ser retomado daqui a dois meses.

Monteiro foi a primeira cidade paraibana a receber as águas da transposição em março de 2017. Mais de dois anos depois, ainda é possível ver a presença de carros vendendo água pelas ruas.

Em 8 de março de 2017, a água da transposição do Rio São Francisco chegou a Monteiro. A água passou no último segmento de canal da transposição para entrar no túnel, por volta das 18h20, já na zona rural de Monteiro, próximo à divisa com Pernambuco.Já no dia 14 de março de 2018, o então Ministério da Integração confirmou a necessidade de suspensão temporária da transposição do Eixo Leste do Rio São Francisco para a Paraíba, até que as obras programadas para os açudes de Poções e Camalaú fossem concluídas, prazo máximo de quatro meses, segundo nota do governo.Atualmente, o canal da transposição em Monteiro acumula apenas água das chuvas e apresenta rachaduras em vários pontos, além de lodo e blocos de areia. No total, 35 cidades paraibanas dependem da água das transposição. Entre elas está Campina Grande, a segunda maior do estado.

"Com relação ao abastecimento da cidade, a gente tranquiliza a população. Nós temos 103,5 milhões de m³ que dá para atender todos em torno do açude, inclusive fazendo recarga em torno do açude Acauã. O problema maior são os ribeirinhos, eles são os mais prejudicados", explica o presidente da Aesa.

Sobre os problemas relatados, Porfírio disse que o Ministério do Desenvolvimento Regional vai fazer os reparos.

FONTE:https://g1.globo.com

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