“Você lida com sonhos e projetos de vida. Aí você entende que seu papel não é só ensinar, mas é ajudar e contribuir para esse processo de transformação. Acho que é o principal papel do professor”. As palavras são da professora Janaína Madruga, de João Pessoa, que atualmente dá aula em cursinhos para concursos público. Neste sábado (15), Dia do Professor, ela relata o orgulho de poder levar conhecimento aos alunos.
Neste dia ela poderia ficar em casa, para aproveitar seu feriado e descansar, mas preferiu levantar cedo para trabalhar e dá aula para concurseiros.As preocupações chegam a ser muitas, mas quando ela entra na sala de aula “o contexto é outro, o foco é outro e o objetivo é só aquele conteúdo. Dá pra esquecer bem a vida. É quase uma terapia. Aí você conversa, você rir, você ensina, você aprende”, disse a professora Janaína Madruga.
Enquanto a alegria de ensinar aumenta o desejo pela profissão dos professores, os ensinamentos são fontes de sonhos para os alunos.
Para a médica e concurseira, Isis Lacerda, que é aluna de Janaína “o professor é a base da primeira profissão. É a primeira profissão que a criança sonha em ser. Os professores constroem a personalidade da gente”, disse Isis Lacerda.
Em 27 anos de formada a professora Roneide Melo, também de João Pessoa, já se afastou algumas vezes das aulas de educação física, mas sempre acaba retornando. “Eu me sinto feliz em fazer o que eu faço. Já tentei fazer outras atividades, por necessidade financeira, mas, eu vi que aquilo ali não me deixava feliz”, disse a professora Roneide Melo.
Casada com um militar, Roneide já viajou e morou em vários estados do Brasil. Como professora, um de seus maiores desafios foi trabalhar em uma fronteira da região Norte do país. Na cidade onde ela morada, quando chovia, a professora precisava pegar uma canoa para chegar até a escola. Mesmo com os desafios, Roneide nunca perdeu a motivação.
“É uma realização. Eu tinha a certeza que eles [os alunos] estavam esperando por mim lá. Eu não media esforços. Eu ficava na beira do rio esperando passar uma canoa. E não era Roneide que ia gritar lá pra alguém parar. Eram os moradores e diziam: “Olha aqui tem uma tia [professora]”. Então eles davam a volta e iam me buscar; deixava alguém da canoa, se estivesse cheira, mas tinha uma importância muito grande pra eles”, disse a professora Roneide.
Mesmo tendo uma profissão mais arriscada, por ser militar, o marido da professora Roneide, admira a profissão da esposa e destaca seu empenho. “Ela é muito dedicada. Acho até que, exageradamente é dedica”, disse sorrindo o militar Aridalto Silva.