Os servidores técnico-administrativos da UFPB em assembléia geral da categoria convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Ensino Superior da Paraíba-SINTESPB, aprovaram, no final da manhã desta terça-feira, no Centro de Vivência do campus I da universidade, por unanimidade, paralisar suas atividades de hoje até que a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 241/16 seja rejeitada pelo Congresso Nacional.
A categoria deliberou ainda pela instalação nesta quarta-feira, às 09 horas, na sede do SINTESPB, do Comando Local de Greve, escolha da representação do SINTESPB para o Comando Nacional de Greve e o planejamento das atividades de mobilização com vistas ao fortalecimento do movimento paredista.
Uma assembléia setorial será realizada com os servidores técnico-administrativos do Hospital Universitário Lauro Wanderley, ainda a ser agendada, para discutir a participação no movimento e definir equipes para garantir os sérvios essenciais que não podem ser prejudicados.
A presidente do SINTESPB, Marizete Figueiredo, disse que a razão dessa greve não é meramente econômica é contra todos os desmandos que ela representa não apenas para os servidores públicos, mas para toda classe trabalhadora e a população no geral.”Claro que não vamos esquecer o cumprimento do acordo de greve 2015, na parte relacionada ao aprimoramento de carreira”, explicou ela.
Os servidores técnico-administrativos das instituições de ensino superior públicas brasileiras pretendem com o movimento paredista lutar contra os ataques do atual governo ao serviço público, através dessa Pec, que se aprovada vai limitar por 20 anos os investimentos públicos em educação, saúde, segurança, infraestrutura, além de congelar salários e outros benefícios do servidor público.
Na parte mais política, a greve deflagrada nas universidades é também em protesto contra a Lei de Escola Sem partido, cobrança de mensalidades nas universidades, extinção do Programa Ciência Sem Fronteiras, redução de verbas no PRONATEC, Fundo de Financiamento Estudantil - FIES, Programa Universidade para Todos-ProUni, contra a reforma da previdência que institui a idade mínima de 65 anos de idade para homens e mulheres, reforma trabalhista que retira direitos e a do ensino médio.
Com a adesão dos servidores da UFPB à greve Nacional comandada pela Federação de Sindicatos dos Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil-FASUBRA já são 27 universidades que estão com suas atividades paralisadas até o momento em todo país num universo de 51 instituições, que ainda estão realizando assembléias.
Fonte:http://www.pbagora.com.br