Mais de 50 obras emperradas na UFPB causam sucateamento de tecnologia de ponta
Educação
Publicado em 28/10/2016

Microscópios atômicos, supercomputadores e placas de energia solar esperam a conclusão das edificações para serem devidamente instalados.

Por problemas burocráticos e de licitações, a Universidade Federal da Paraíba (UFPB) acumula hoje 57 obras paralisadas ou que foram licitadas e não começaram. A situação está causando a defasagem e sucateamento de aparelhos tecnológicos de ponta, pela falta de instalação em prédios que já deveriam ter sido entregues. 

 

Aparelhos como microscópios atômicos, supercomputadores e placas de energia solar são alguns dos equipamentos que esperam essas edificações ficarem prontas para serem instalados. Um exemplo de obra parada é a do prédio de pós-graduação do Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA), no Campus I, em João Pessoa, orçada em R$ 2,3 milhões. O contrato foi assinado em 2010 e o prazo para execução era de 450 dias, segundo placa em frente ao que já foi erguido. 

O Diretor de Obras da UFPB, Valkisfran Brito, que está à frente do cargo apenas há dois meses, informou que problemas em relação a licenciamentos com a Sudema, Prefeitura Municipal de João Pessoa e o Corpo de Bombeiros já estão sendo resolvidos. Mas, além desses problemas, houve também uma mudança no entendimento da instituição em relação os procedimentos licitatórios e os projetos tiveram que ser revistos e analisados, “mas acreditamos que num prazo de até seis meses todos entraves com os projetos sejam resolvidos e a gente retome o andamento das obras”.

O prédio do Centro de Artes e Cultura, que fica em frente à Reitoria também no campus I, tem 97% de obra executava, falta apenas à parte de acabamento para terminar. Situação parecida se repete na construção do Centro de Ensino da Pós-Graduação, a obra orçada em quase R$ 900 mil, está com 57% executada, mas emperrada há anos. 

O novo Centro de Tecnologia e Desenvolvimento Regional, no campus V, que fica no bairro de Mangabeira, está abandonado e cheio de entulho. No local onde já deveria está o Laboratório de Biocombustíveis, quase nada foi executado. 

Em Areia - No Campus II, no município de Areia, brejo paraibano, alunos estão sem realizar uma série de pesquisas na parte de produção animal devido à espera pelo prédio do Laboratório de Bioclimatologia Animal. Além disso, placas de energia solar que deveriam está cobrindo a edificação do Centro de Energia Renováveis, mas obras também estão paralisadas.
Ainda em Areia, o prédio da Pós-Graduação em Veterinária, o Laboratório de Avaliação e Tipificação de Carcaças e o Laboratório de Biotecnologia não chegaram a ter 50% obras executadas quando foram paralisadas. 

“Não é justo que a comunidade universitária por falta da entrega de uma edificação, ser prejudicada do ponto de vista cientifico. Vamos tentar o mais rápido possível terminar essas obras e entregar o objeto de licitação a comunidade universitária”, ressaltou o Diretor de Obras da UFPB. 

Fonte:https://www.clickpb.com.br

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