Conforme as pesquisadoras do projeto da UFCG, uma das barreiras para sair de relacionamentos abusivos é a dificuldade das mulheres na inserção no mercado de trabalho e a obtenção da independência econômica. Pensando nisso, a iniciativa desenvolveu o trabalho com as mulheres e foi selecionada recentemente em um edital europeu de incentivo a ações de inclusão digital.
Entre as ações a serem desenvolvidas estão a identificação do perfil socioeconômico e das possibilidades e desejos das mulheres em termos de inserção no mercado de trabalho; a oferta de oficinas de capacitação para o mercado de trabalho digital, a exemplo de Marketing Digital, e-Business, capacitação para atuar remotamente nas áreas de recepção e secretaria, vendas online, digital influencer, entre outras. A iniciativa terá como produto final um plano de ação que poderá ser replicado a outras universidades latino-americanas para atuar no problema social.
O projeto é coordenado pela professora Adriana Fumi Chim Miki e vai beneficiar mulheres em situação de vulnerabilidade social em Campina Grande e região, além de prever ações junto a um grupo na cidade de Medellín, na Colômbia.
“A importância do projeto é pensar a universidade enquanto instituição com um papel social além do formativo, e direcionar projetos que possam ter impacto social, focados em contribuir com os problemas de uma sociedade, que certamente passam pelo eixo da transformação digital”, disse a professora Adriana Fumi Chim Miki.
Segundo dados do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), em abril de 2020, cerca de um mês após o início da pandemia de Covid-19, o número de denúncias de violência contra a mulher recebidas pelo canal Ligue 180 aumentou quase 40% em relação ao mesmo mês de 2019.
O projeto é desenvolvido por meio de um convênio entre a UFCG e a Fundação espanhola Carolina, através do edital “Digitalización Inclusiva y sostenible en América Latina”, o projeto Coopetição Social Digital: Skill Gaps para a e-trabalhabilidade em Mulheres Vítimas de Violência Doméstica.
O projeto vai ocorrer em parceria com a Organização Social de Campina Grande “Parecia Amor”, conduzida pela psicóloga Mayvonne Coelho de Morais, e será operacionalizado via Fundação Parque Tecnológico da Paraíba (PaqtcPB).
Fonte:https://g1.globo.com