O número de pessoas que se conectam à internet no Brasil vem crescendo, segundo o IBGE. Em 2019, 78,3% das pessoas de 10 anos ou mais (143,5 milhões) se conectaram à rede.
Em 2016, esse número era de 64,7% da população, enquanto em 2017 era de 69,8% e em 2018 era de 74,7%.
Dentre os que não acessavam a internet, a maioria alegou não saber utilizá-la (43,8%) ou não ter interesse (31,6%). Essas pessoas também disseram que a internet era cara (11,9%), assim como os equipamentos (6,1%).
As regiões mais conectadas são:
Em 2019, a proporção de mulheres conectadas foi maior que a de homens: 78,3% delas tinham acesso, enquanto, o índice para eles era de 77,1%.
A faixa etária que mais se conecta tem entre 20 e 24 anos: 92,7% dessa faixa acessou a internet. Os brasileiros com 60 anos ou mais apresentaram o menor índice, de 45% – um salto a partir dos 38,7% em 2018.
O rendimento real médio per capita nos domicílios em que havia utilização da internet era de R$ 1.527, quase o dobro do rendimento dos que não utilizavam a rede, que foi de R$ 728.
“A grande diferença entre esses dois rendimentos foi observada em todas as grandes regiões”, afirmou o IBGE.
Celular como principal dispositivo
O celular é o aparelho número um para acessar a internet no Brasil. Em 2019, o aparelho era usado por 98,6% dos internautas. Veja a comparação com outros dispositivos:
O total de domicílios que tinha um computador diminuiu. Eram 41,7% em 2018, e 40,6% em 2019.
Em 2019, 148,4 milhões de pessoas com 10 anos ou mais tinham um celular para uso pessoal (81,0% da população desta faixa etária). O percentual é um pouco maior do que o estimado em 2018 (79,3%).
No entanto, o número é muito diferente entre pessoas que vivem em áreas urbanas e em áreas rurais: 84,4% contra 59,3%, respectivamente.
Entre as pessoas que não tinham um celular, 27,7% alegaram que o aparelho era caro; 22,6%, falta de interesse em ter um; 21,9% que não sabiam usar; e 16,4% que costumavam usar o aparelho de outra pessoa.
Troca de mensagens é o uso favorito
A maioria das pessoas apontou que trocar mensagens é a principal finalidade para o uso da internet. A comunicação por ligações de voz ou vídeo ficou em segundo lugar:
- enviar ou receber mensagens de texto, voz ou imagem por aplicativos: 95,7%;
- conversar por chamada de voz ou vídeo: 91,2%;
- assistir vídeos, filmes e séries: 88,4%;
- enviar ou receber e-mails: 61,5%.
O uso de internet discada no Brasil é quase inexistente, segundo o IBGE. Somente 0,2% das pessoas se conectam à rede dessa forma.
A maioria dos lares usa banda larga fixa e banda larga móvel (3G e 4G). De 2018 para 2019, nos domicílios em que havia utilização da internet, o percentual de domicílios em que havia tanto a conexão por banda larga fixa quanto a móvel subiu de 56,3% para 59,2%.
Os domicílios que utilizaram somente a conexão por banda larga móvel passou de 23,3% para 21,4% de um ano para o outro. Naqueles em que havia somente o uso de conexão por banda larga fixa, a variação foi de 19,0% para 18,1%.
No total, 77,9% dos domicílios possuíam banda larga fixa e 81,2% banda larga móvel. Veja os números por região:
- Norte: fixa 55% / móvel 88,6%;
- Nordeste: fixa 80,4% / móvel 63,8%;
- Centro-oeste: fixa 77,3% / móvel 87,1%;
- Sudeste: fixa 79% / móvel 87,5%;
- Sul: fixa 81% / móvel 82,4%.
Os estudantes usam mais a internet: 88,1% deles se conectaram à internet em 2019. O número entre não estudantes que acessaram a rede foi de 75,8%.
Apesar disso, o acesso se torna diferente de acordo com a rede de ensino:
- 98,4% dos estudantes da rede privada utilizaram a internet;
- 83,7% dos estudantes da rede pública se conectaram à rede.
Essas diferenças se acentuam de acordo com a região do país. Considerados apenas os estudantes da rede privada, o percentual de uso da internet ficou acima de 95,0% em todas as grandes regiões. Veja abaixo os números para a rede pública:
- Norte: 68,4%;
- Nordeste: 77%;
- Centro-oeste: 88,6%;
- Sul: 90,5%;
- Sudeste: 91,3%.
Entre os estudantes que não tinham um celular, 91% deles eram da rede pública de ensino. O principal motivo apontado pela ausência do aparelho foi o custo (41,2%), seguido pela alegação de que costumavam utilizar o telefone móvel celular de outra pessoa (28,7%).
Na rede privada, os motivos eram inversos: o uso de aparelho de outra pessoa teve peso maior (40,3%) do que a questão do aparelho ser caro (20,0%).
FONTE:https://g1.globo.com