Veja os paraibanos que estão na lista de presos por atos terroristas em Brasília
O que acontece..
Publicado em 13/01/2023

Blogueiro, subtenente reformado do Exército e estudante de ciências sociais estão entre os paraibanos identificados e presos nos atos antidemocráticos contra os Três Poderes, em Brasília, no domingo (8).

Um blogueiro de política, Marinaldo Adriano Lima da Silva, morador de João Pessoa, um subtenente reformado do Exército, José Paulo Fagundes Brandão, uma estudante de ciências sociais da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Claudiane Pereira da Conceição, e uma advogada, Edith Christina, foram os paraibanos identificados pelo g1 e presos, até esta quinta-feira (12), nos atos antidemocráticos conta os Três Poderes, em Brasília, no último domingo (8).

 

Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seap-DF), no geral, 1.138 pessoas já foram detidas por participação nos atos terroristas e já ingressaram no sistema prisional do DF até a noite da quarta-feira (11). Do total, 696 homens foram levados ao Centro de Detenção Provisória 2, no Complexo da Papuda. Outras 442 mulheres foram encaminhadas à Penitenciária Feminina do DF.

Marinaldo Adriano, blogueiro

 

Blogueiro paraibano está em lista de presos pela Polícia Federal em Brasília — Foto: Foto: Reprodução/Instagram

Blogueiro paraibano está em lista de presos pela Polícia Federal em Brasília — Foto: Foto: Reprodução/Instagram

Marinaldo Adriano, de 20 anos, é morador de João Pessoa e tem um blog sobre a política paraibana, com postagens desde outubro de 2022. No dia 5 de janeiro de 2023, poucos dias antes dos ataques em Brasília, ele abriu um cadastro MEI em nome do blog.

g1 não conseguiu localizar a defesa de Marinaldo para falar sobre os acontecimentos na capital do país.

José Paulo Fagundes Brandão, subtenente reformado do Exército

 

José Paulo Fagundes Brandão é paraibano e militar aposentado. Seu nome está na lista de presos pela Polícia Federal durante os atos de terrorismo em Brasília no último domingo (8) — Foto: Reprodução/Redes Sociais

José Paulo Fagundes Brandão é paraibano e militar aposentado. Seu nome está na lista de presos pela Polícia Federal durante os atos de terrorismo em Brasília no último domingo (8) — Foto: Reprodução/Redes Sociais

Reformado em 2019 pelo Exército Brasileiro, José Paulo foi dispensado permanentemente conforme o estatuto da instituição. Ele estava lotado no Ministério da Defesa, no Comando do Exército, na Base Administrativa da Guarnição de João Pessoa. A última remuneração dele registrada no site foi em outubro de 2022, quando recebeu o valor líquido de R$ 8.139,94.

Apesar de ser militar aposentado, José se apresenta nas redes sociais como representante comercial de uma empresa de suplementos alimentares. Ele também fazia postagens demonstrando apoio a Jair Bolsonaro e aos ideais do ex-presidente.

José Paulo também é pai do nadador Átila Brandão, um das referências no esporte do estado. Em contato com a reportagem do g1, o esportista disse que "deve ter acontecido um engano" e que seu pai está na Paraíba.Além disso, o g1 também tentou contato com José Paulo por meio de um telefone disponibilizado por ele em uma rede social, mas não obteve retorno.

 

Claudiane Pereira, estudante de ciências sociais

 

Claudiane Pereira da Conceição: estudante paraibana foi incluída na lista de presos que participaram dos atos golpistas em Brasília — Foto: Reprodução/redes sociais

Claudiane Pereira da Conceição: estudante paraibana foi incluída na lista de presos que participaram dos atos golpistas em Brasília — Foto: Reprodução/redes sociais

Claudiane tem 38 anos e além do perfil pessoal nas redes sociais, tem um estabelecimento onde vendia bolos confeitados, com endereço da empresa em Tibiri II, em Santa Rita, na Grande João Pessoa.

Nos perfis nas redes sociais da estudante, Claudiane publicava mensagens sobre fraudes no sistema eleitoral brasileiro e pedia intervenção militar, postando fotos e vídeos participando de atos golpistas na capital. No dia do ataque aos Três Poderes, ela também publicou uma foto dentro do Congresso Nacional.Claudiane também aparece em foto postada demonstrando apoio à ex-primeira-dama da Paraíba, Pâmela Bório, quando as duas ainda estavam a caminho para Brasília, antes dos atos do domingo. A ex-primeira-dama também foi identificada como participante da depredação e chegou a postar vídeos em cima do telhado do Congresso, porém ela não está na lista dos presos pela Polícia Federal.

g1 tentou entrar em contato com o número disponibilizado no perfil comercial de Claudiane, mas não obteve respostas.

Claudiane aparece em foto com a ex-primeira-dama da Paraíba, Pâmela Bório, no caminho para Brasília, antes dos atos — Foto: Reprodução/redes sociais

Claudiane aparece em foto com a ex-primeira-dama da Paraíba, Pâmela Bório, no caminho para Brasília, antes dos atos — Foto: Reprodução/redes sociais

 

Edith Christina Medeiros, advogada

Advogada da Paraíba, residente de João Pessoa e com inscrição ativa na Ordem dos Advogados da Paraíba (OAB-PB), Edith Christina tem 56 anos. A advogada compôs o Tribunal de Ética da OAB no triênio 2019/2021 e esteve envolvida em uma denúncia de assédio sexual dentro da OAB-PB, quando tentou desqualificar a vítima.No seu perfil do Instagram, Christina tem publicações em defesa do armamento, contra o passaporte da vacina e o Supremo Tribunal Federal (STF), além de fotos em manifestações golpistas em João Pessoa. No último post, datado de 30 de dezembro de 2022, ela critica quem desistiu dos atos golpistas. "Deixe que os fortes continuarão na luta, pela liberdade de todos", escreve.

Edith Christina em manifestações golpistas em João Pessoa. — Foto: Foto: Reprodução/Instagram

Edith Christina em manifestações golpistas em João Pessoa. — Foto: Foto: Reprodução/Instagram

 

Prejuízo aos cofres públicos

O ataque às sedes dos Três Poderes e à democracia é sem precedentes na história do Brasil. Os terroristas quebraram vidraças e móveis, vandalizaram obras de arte e objetos históricos, invadiram gabinetes de autoridades, rasgaram documentos e roubaram armas.O prejuízo ao patrimônio público está calculado em ao menos R$ 3 milhões apenas na Câmara dos Deputados, que junto com o Senado Federal compõe o Congresso Nacional.

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