O líder do governo na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), afirmou, após a reunião com o presidente Michel Temer, que, durante mais de três horas, ministros e lideres fizeram uma avaliação da reforma trabalhista e analisaram o cronograma da semana no Congresso. De acordo com o líder, a aprovação da trabalhista por 296 votos representou uma "vitória maiúscula" e que agora é o "momento de consolidação da base".
Segundo Ribeiro, o governo espera a comissão especial, que continuará a discussão do texto da reforma da previdência amanhã, também mostrará a força do governo e que acredita em uma vitória "expressiva na comissão". "Nós temos a convicção que temos a maioria ampla na comissão, estamos trabalhando ainda com alguns partidos, aquelas dúvidas que há em relação ao texto para ajustar o placar amplamente majoritário", disse. Para ser aprovado na comissão, é necessário ter metade dos votos presentes, desde que haja quórum mínimo de 19 parlamentares.
Ribeiro disse ainda que dentro do cronograma da semana foi colocado também a votação da MP 752, que trata de concessões e a conclusão dos destaques da divida dos estados. Segundo o líder, não houve discussão para a mudança do texto e que agora é preciso esclarecer a reforma da previdência para a população. Traições
Questionado se na conversa também foi discutida a insatisfação da base aliada com os "traidores" da base aliada que não votaram com o governo na reforma trabalhista, Ribeiro disse que "não foi o tema até porque estava o ministro Meirelles". "O que se está fazendo é, dentro de um diálogo, procurar ainda essa consolidação da nossa base. Já tivemos uma série de motivações e estamos trabalhando no diálogo. O que posso garantir que tem uma cobrança da própria base para isso."
Na última sexta-feira, o responsável pela articulação do governo com o Congresso, o ministro Imbassahy admitiu que a reforma trabalhista deixou alguns aliados insatisfeitos, que o governo terá que fazer "os necessários ajustes" para evitar uma contaminação na base que amplie a dificuldade em torno da reforma da Previdência e que é preciso "tirar a laranja podre do cesto".
Fonte:www.pbagora.com.br