As três mortes, cujas vítimas tinham 6, 9 e 12 anos, aconteceram em 19 e 25 de fevereiro e em 10 de março de 2017. Todas elas eram de comunidades da zona rural de Itabaiana e passaram mal após ingerirem docinhos envenenados durante uma festa. Internadas no Hospital de Emergência e Trauma de Campina, não resistiram e morreram tempos depois. Na época, Vânia chegou a ser acusada por quatro mortes, mas acabou indiciada e condenada por três delas.Nas investigações realizadas no período, a polícia atestou que todas ingeriram a substância popularmente chamada de chumbinho. E a agricultora se transformou em suspeita depois que a família de uma das vítimas relatou que a menina, antes de morrer, comentou que comera um biscoito dado por Vânia.
Segundo os autos, o crime foi praticado de modo a impossibilitar a defesa das vítimas, já que a mulher tinha laços de amizade com elas e esteve no local onde as pessoas ingeriram os alimentos envenenados.
Ao recorrer da condenação, a defesa alegou que a decisão dos jurados foi manifestamente contrária à prova dos autos e que a pena-base foi aplicada de forma exacerbada.
O relator do recurso, o desembargador Márcio Murilo da Cunha Ramos, rejeitou a alegação da defesa e foi acompanhado pelos seus pares. Ele atestou a soberania do Tribunal do Júri e disse que por isso o julgamento não era passível de ser anulado. O desembargou disse também que a pena está fixada com observância aos critérios previstos no Código Penal.
Vânia é viúva e mãe de três filhos. Ela continua negando o crime e ainda tem o direito de recorrer do julgamento. Ela tinha 44 anos na época das mortes.
Fonte:https://g1.globo.com