Irmã de PM paraibano morto diz que atuar na polícia era sonho dele: ‘Amava o que nasceu para fazer’
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Publicado em 16/04/2024

Soldado da PM morreu após confusão em bar da capital do Tocantins, Palmas, nesta segunda-feira (15). Nas redes sociais, a irmã disse que mãe teve pressentimento sobre saída do filho antes da morte.

A irmã do Policial Militar paraibano morto em Palmas, capital do Tocantins, Elis Mayonne, disse em um vídeo nas redes sociais que o soldado sempre teve o sonho de trabalhar na polícia. Segundo ela, o policial identificado como Eltas Max Barbosa da Nobrega, de 33 anos, almejava desde criança estar trabalhando na corporação.O policial militar havia sido baleado durante uma briga de bar em Palmas. O suspeito de ter cometido o crime também é PM e foi identificado como Ezequiel de Sousa Santos, de 24 anos. A morte do policial foi confirmada na tarde desta segunda-feira (15) pelo Hospital Geral de Palmas, onde ele estava internado.

“Meu irmão estava compartilhando o quanto ele estava feliz por estar lá (na polícia), junto dos amigos de farda. Meu irmão amava a polícia, ele amava o que ele nasceu pra fazer, ele nasceu pra isso, desde pequeno ele queria ser polícia”, disse.

Em outro trecho do vídeo publicado nas redes sociais, a irmã Elis Mayone, contou também que Eltas Nobrega estudou muito para conseguir alcançar a carreira dentro da Polícia Militar e que, de forma alguma, pensava que receberia a informação de que o irmão morreu.

“Ele estudou muito, ele se esforçou, ele foi polícia, e ele foi excelente em tudo que ele fez. Todo mundo nasce com um propósito e só quem sabe o último dia é Deus. Hoje era pra ser uma segunda-feira normal e a gente acorda com essa notícia. Eu não desejo pra ninguém essa dor”, desabafou.

Além disso, Elis também disse que momentos antes do soldado Eltas Nobrega sair para o que seria o último dia de trabalho, a mãe dos dois enviou uma mensagem para o filho dizendo que ela estava sentindo um “pressentimento”.

“Quando ele foi pra viajar, ele (antes) veio aqui na minha mãe, porque ele vem aqui na minha mãe todo dia, aí ele deu tchau e minha mãe disse que menos de 10 minutos que ele saiu ela mandou mensagem dizendo ‘meu filho, cuidado, porque eu estou com uma saudade de você que eu nunca senti’, a resposta dele foi que estava bem e disse ‘relaxe’, desse jeito”, revelou a irmã.

A confusão que vitimou Eltas Nobrega aconteceu na madrugada desta segunda-feira (15), por volta das 3h30. De acordo com o Boletim de Ocorrência, testemunhas disseram que houve uma confusão e em seguida os tiros foram disparados.

O suspeito se apresentou na Delegacia de Polícia Civil para os procedimentos cabíveis e foi liberado em seguida. Por não se tratar de crime militar, o caso será investigado na esfera civil, por meio da 1ª Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa.

Em nota a PM do Tocantins informou que já adotou as medidas preliminares para apuração interna do caso. A polícia também está providenciando todas as medidas necessárias para assistência à família da vítima, referente ao traslado do corpo e demais suportes necessários para o momento.A PM da Paraíba também emitiu um comunicado que ressaltou o profissionalismo do soldado, destacando a “dedicação, zelo e afeto da corporação”.

O policial militar estava desde 2019 na Polícia Militar na Paraíba e era do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope).

A família do policial confirmou à TV Cabo Branco que o corpo de Eltas deve ser velado no Comando Geral da Polícia Militar na Paraíba, localizado em Cabedelo.

Depoimento do suspeito

Antônio se apresentou à polícia e durante depoimento disse que quatro indivíduos chegaram e um deles lhe atacou com um soco no rosto.

“[...] quando um segundo indivíduo veio em sua direção para agredi-lo o comunicante sacou sua arma (pistola institucional) e efetuou um disparo contra ele. Sendo que na sequência os outros indivíduos sacaram suas armas e apontaram na direção do comunicante”, diz o relato feito à Polícia Civil.

Após a confusão Antônio Ezequiel saiu do local e disse que só depois soube que os indivíduos eram policiais militares. Ele também alegou que não houve qualquer discussão anterior que motivasse a agressão do primeiro indivíduo e que não conhecia nenhum dos envolvidos.Ele é soldado e recebe cerca de R$ 6 mil, segundo levantamento do portal da transparência do Tocantins. Ele se apresentou na delegacia durante a manhã e depois de ser ouvido, foi liberado para responder em liberdade.

O g1 pediu posicionamento da defesa dele, mas não houve resposta até a publicação desta reportagem.

Fonte:https://g1.globo.com

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