Comissão do impeachment se reúne para definir roteiro de trabalho
Política
Publicado em 21/03/2016

Câmara também decidirá distribuição de vagas em comissões permanentes.

 

 

A comissão especial do impeachment na Câmara dos Deputados se reúne nesta segunda-feira (21) para que o relator, deputado Jovair Arantes (PTB-GO), apresente um roteiro de trabalho. Também deverão ser discutidos procedimentos que o colegiado seguirá nas próximas semanas. A comissão que vai analisar o pedido de afastamento da presidente Dilma Rousseff foi instalada na quinta-feira (17). O prazo para que a petista apresente a sua defesa é de 10 sessões no plenário da Câmara. Depois, o relator terá que apresentar um parecer em até cinco sessões. Uma vez votado na comissão, segue para o plenário da Câmara. Se for aprovada a abertura do processo, vai para o Senado, onde será analisado o mérito da denúncia.

 

Neste sábado, o presidente da comissão especial do impeachment, deputado federal Rogério Rosso (PSD-DF), se reuniu neste sábado (19) com técnicos da Casa para ler as 6.000 páginas da denúncia que pede o afastamento da presidente Dilma Rousseff.

 

Rosso explicou que convocou um grupo de servidores especialistas em temas como orçamento, contabilidade pública, legislação e regimento interno para se inteirar por completo do processo. O plano dele era passar o fim de semana debruçado sobre o processo se preparar para a sessão de segunda-feira.

Na sexta (18), o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e deputados da oposição garantiram o quórum mínimo de 51 deputados na sessão de debates em um dia que normalmente é muito esvaziado, com o objetivo de dar início à contagem do prazo para a defesa de Dilma na comissão e, assim, acelerar o rito do processo.

 

O acordo entre Cunha e oposicionistas é conseguir, nas próximas semanas, realizar sessões todos os dias e, assim, fazer que o prazo ande mais depressa.

 

Comissões permanentes

Ainda nesta segunda-feira, os líderes partidários se reúnem à tarde para definir a distribuição das vagas nas 23 comissões permanentes da Câmara, entre elas a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

 

Os colegiados estão sem funcionar desde o início do ano. Os partidos queriam aguardar o fim do prazo da janela partidária, período em que os deputados puderam migrar de legenda sem perda do mandato e que acabou no sábado (19), para definir as vagas. Pelo regimento interno, o número de cadeiras nas comissões é determinado pelo tamanho das bancadas.

 

Plenário

Por conta do feriado da Páscoa, foi antecipada para esta segunda-feira uma sessão extraordinária de votações na Câmara para compensar a semana legislativa mais curta, que deverá acabar na quarta (23). Entre os itens que estão na pauta, há uma medida provisória que trata de garantias para a concessão de financiamento no programa Minha Casa, Minha Vida.

 

Outra proposta que pode ser votada é o projeto de lei que regulamenta o teto salarial dos servidores públicos para barrar quem recebe acima do limite constitucional, que é o salário de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), hoje em R$ 33,7 mil.

 

 

 

Fernanda Calgaro e Gustavo Garcia

Do G1, em Brasília

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