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Primeira-dama de João Pessoa, ex-vereadora e outros oito viram réus por corrupção eleitoral
Ministério Público Eleitoral denunciou o grupo por organização criminosa, corrupção eleitoral, coação e peculato.
Publicado em 16/09/2025 11:47
O que acontece..

O Juízo da 1ª Zona Eleitoral de João Pessoa recebeu denúncia apresentada pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) e tornou réus a primeira-dama da capital, Lauremília Lucena, a ex-vereadora Raíssa Lacerda e outras oito pessoas por aliciamento violento de eleitores nas eleições municipais de 2024. Foram denunciados:

Maria Lauremília Assis de Lucena (primeira-dama de João Pessoa)

Tereza Cristina Barbosa Albuquerque (secretária de Lauremília Lucena)

Raíssa Gomes Lacerda Rodrigues de Aquino (ex-vereadora de João Pessoa)

Kaline Neres do Nascimento Rodrigues

Keny Rogeus Gomes da Silva (vulgo “Poeta” ou “Negrão”)

Pollyanna Monteiro Dantas dos Santos

Taciana Batista do Nascimento

David Sena de Oliveira (vulgo “Cabeça”)

Josevaldo Gomes da Silva

Jonatan Dario da SilvaA defesa de Lauremília Lucena e de Tereza Cristina afirmou estar confiante no trabalho da Justiça e que provará a inocência delas ao longo do processo. Segundo os advogados, elas continuam colaborando com as investigações e veem com tranquilidade o oferecimento da denúncia.

A defesa de Keny Rogeus Gomes da Silva informou que a denúncia foi recebida com serenidade, por se tratar de consequência natural do curso processual, e que aguarda a devida intimação e o acesso integral ao conteúdo da denúncia e seus anexos.

A defesa de Pollyana Monteiro disse que enviaria uma nota, mas não se manifestou até a última atualização da publicação.

O g1 não conseguiu localizar a defesa de Raíssa Lacerda, Kaline Neres, Taciana Batista, David Sena e Josevaldo Gomes da Silva e Jonatan Dario.

As investigações fazem parte da Operação Território Livre, deflagrada para desarticular uma organização criminosa, que, de acordo com o MPE, era formada por agentes políticos, servidores públicos e integrantes da facção criminosa Nova Okaida. Todos os dez réus foram denunciados pelo Ministério Público por organização criminosa, corrupção eleitoral, coação eleitoral e peculato.

A denúncia aponta que a facção exercia controle territorial em bairros de João Pessoa, como São José e Alto do Mateus, restringindo por meio de intimidação e violência a livre manifestação política e o direito ao voto. Em troca, líderes da organização e familiares teriam recebido cargos e benefícios na administração municipal.

Segundo o órgão, as investigações reuniram provas por meio de interceptações telefônicas, mensagens eletrônicas, documentos oficiais e apreensão de valores em espécie.

Ao receber a denúncia, o juiz eleitoral Gustavo Procópio Bandeira de Melo levantou parcialmente o sigilo do processo, resguardando apenas dados sensíveis dos envolvidos.

Fonte:https://g1.globo.com

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