Número de eleitores analfabetos é maior do que com ensino superior na PB, diz TSE.
Política
Publicado em 16/11/2017

Do total de eleitores aptos a votar, 8,4% são analfabetos e 8% têm ensino superior.

 

 

Levantamento do TSE aponta também que 51% dos eleitores paraibanos não concluíram o ensino fundamental (Foto: Antônio Luiz/EPTV)

 

O número de eleitores analfabetos na Paraíba é maior do que aqueles que tem ensino superior. Segundo um levantamento divulgado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), referente ao último mês de outubro, dos mais de 2,9 milhões de eleitores da Paraíba, 246,7 mil (8,4%) são analfabetos, enquanto 235,4 mil (8%) tem ensino superior.

Ainda de acordo com o TSE, além dos analfabetos, outros 500 mil (17,7%) apenas sabem ler e escrever. Os dados mostra também que 51,4% dos eleitores da Paraíba não têm o ensino fundamental.

Ainda segundo o levantamento do TSE, 577 mil votantes (19,8%) completaram o ensino médio, enquanto 330 mil (11,3%) disseram não ter concluído essa etapa. Em relação ao ensino superior, 235 mil (8%) têm diploma e 148 mil (4,9%) iniciaram a graduação, mas não concluíram o curso universitário. Do total de eleitores, 113 não informaram o grau de instrução.

O levantamento mostra ainda que a maior parte do eleitorado paraibano é mulher. Estão aptos a votar 1.372.978 são homens (47,2%) e 1.535.063 (52,8%) são mulheres. Outros 23 votantes não declararam o sexo.

 
Levantamento indica grau de instução de eleitores paraibanos por sexo (Foto: Reprodução/TSE)Levantamento indica grau de instução de eleitores paraibanos por sexo (Foto: Reprodução/TSE)

Levantamento indica grau de instução de eleitores paraibanos por sexo (Foto: Reprodução/TSE)

 

Limitações

 

Diante dos dados do TSE, o cientista político e professor da Universidade Federal de Campina Grande, Fábio Machado, supõe que, tanto para os analfabetos quanto àqueles que só sabem ler e escrever, as dificuldades aumentam pelos limites impostos à informação e, consequentemente, à formação de uma opinião melhor qualificada sobre os candidatos, partidos, coligações e propostas de campanha.

 

“Esses cidadãos não têm acesso direto aos veículos de comunicação impressos e a leituras mais qualificadas e aprofundadas sobre matérias relativas ao 'mundo político'. Como sabemos um universo complexo, envolto numa dinâmica bastante sofisticada, que requer conhecimento sobre dados, sobre a realidade social e política, e, para tanto, é necessário o recurso da leitura, dos estudos. Assim, suponho que esses eleitores, de uma maneira geral, tenham mais dificuldades e avaliar o status quo e fazer escolhas mais conscientes”, explicou Fábio Machado.

 

 

 

Fonte: https://g1.globo.com

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