O plenário onde se realiza a comissão do impeachment está lotado
Durante apresentação do seu parecer pela admissibilidade do processo de afastamento da presidente Dilma Rousseff (PT), o deputado Jovair Arantes (PTB-GO) disse que o processo de impedimento é uma "resposta ao clamor da sociedade, que pede a correta aplicação de recursos públicos". A Comissão Especial que analisa o impeachment de Dilma está reunida desde as 11h desta segunda-feira (11).
Rebatendo críticas, Arantes disse que seu parecer foi elogiado pelos principais jornais do país e por juristas. "Quem guiou a elaboração do relatório foi a Constituição", afirmou o relator.
Ao citar as chamadas pedaladas fiscais, Arantes disse que "existem indícios da má-fé da presidente da República". O relator afirmou estar "convicto" que sua análise leva à conclusão que há "fortes de indícios" que as transações financeiras feitas pelo governo Dilma se configuram como crime de responsabilidade.
Os 65 deputados que integram a comissão especial que analisa a validade do pedido de afastamento devem votar hoje o relatório de Arantes. Para a aprovação, é necessária uma maioria simples, de 33 votos, e, na estratégia de defesa montada pelo governo, uma derrota é o cenário mais provável.
O plenário onde se realiza a comissão do impeachment está lotado a ponto de o deputado Henrique Fontana (PT-RS), que chegou às 11h15, ter tido dificuldade de encontrar uma cadeira vazia. Um assessor da Câmara cedeu o lugar para o parlamentar.
Pequenos cartazes com os dizeres "impeachment já" e "impeachment sem crime é golpe" continuam em destaque diante dos deputados opositores e aliados da presidente Dilma.
Band.com.br