'Fake news' atrapalha polícia e Guilherme segue desaparecido após três meses, diz delegado na PB
O que acontece..
Publicado em 10/05/2018

Menino de sete anos desapareceu no dia 10 de fevereiro, no bairro Costa e Silva.

Após três meses do desaparecimento, o paradeiro do menino Guilherme, de sete anos, continua desconhecido pela família e pela Polícia Civil. A criança desapareceu enquanto brincava na frente de casa, no bairro Costa e Silva, em João Pessoa, no dia 10 de fevereiro. Segundo Reinaldo Nóbrega, delegado de Homicídios e responsável pelo caso, denúncias falsas recebidas pela polícia estão atrapalhando as investigações.

O inquérito policial sobre o caso foi remetido ao judiciário, com pedido de prorrogação da investigação, que ainda não foi concluida. "Há um mês o inquérito foi enviado ao judiciário e ainda não voltou. É um caso complexo, é angustiante, a gente sabe que a família sofre muito, mas ainda não descartamos nenhuma via. Infelizmente, as poucas informações que chegam são inverídicas. Há poucas semanas chegou informação de que ele estava morto e enterrado. Isso nos demanda tempo e deslocamento".

Durante os primeiros dias após o desaparecimento, buscas foram realizadas em uma mata situada próxima à comunidade Taipa, onde a família mora, por equipes da polícia, do Corpo de Bombeiros, familiares e vizinhos, no entanto, não houve sucesso. No início de março, a polícia foi informada de que a criança teria sido vista acompanhada de um homem desconhecido, mas, até o momento, não há novidades.

De acordo com Valdenice Marinho, a incerteza sobre a situação do filho é o que mais angustia a família. “Meu dia a dia é triste. Sem saber notícia, sem saber se ele está vivo, se ele está morto. Se ele estiver com alguém, se está comendo, se alguém está tratando ele. Sei que a pessoa que está com esse menino não tem coração”, contou.

 

Entenda o caso

 

No fim da manhã do dia 10, a criança saiu para brincar com um vizinho, mas não voltou para almoçar. “Eu arrumei a casa toda e depois pedi para meu filho chamar o irmão para comer, que o almoço estava pronto, daí uma menina falou que ele saiu de onde estava brincando. Eu entrei em desespero para procurar ele, porque ele nunca tinha saído daqui”, relatou Valdenice.

 

À época, a mãe do menino disse que o filho nunca passou muito tempo longe de casa e que acreditava que ele havia sido sequestrado. “Ele é um menino feliz, alegre, que se dá com qualquer pessoa. Quando a gente fala dele e mostra uma foto, entra logo em desespero. Só peço que se ele estiver em cativeiro, ou se estiver morto, que alguém me diga alguma coisa”, pediu.

Qualquer informação sobre o paradeiro de Guilherme pode ser repassada à polícia, de forma sigilosa, pelo Disk Denúncia 197 da Polícia Civil ou pelo Centro Integrado de Operações da Polícia Militar (Ciop), por meio do 190.

FONTE:https://g1.globo.com

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