Pompeo enfatizou que Kim Jong-un lhe disse pessoalmente que está preparado para abandonar as armas nucleares.
Mais cedo, o presidente americano Donald Trump disse que pode assinar um acordo com a Coreia do Norte na cúpula com o ditador Kim Jong-un em Singapura, na terça-feira (12), e que, quando todo o processo de negociação terminar, espera que as relações com Pyongyang possam ser normalizadas. "Certamente gostaríamos de ver normalização", afirmou.
O teor do acordo que seria firmado em Singapura não está claro. O processo todo de negociação provavelmente levará mais do que apenas uma reunião, alertou Trump. Ele também afirmou que se a reunião em Singapura transcorrer bem, irá convidar Kim para ir aos EUA.
O americano falou sobre a cúpula ao lado do premiê Shinzo Abe, com quem conversou na Casa Branca. Abe quer incluir na agenda da cúpula o assunto dos japoneses sequestrados pelos norte-coreanos há décadas, cuja resolução representa uma prioridade política para sua administração e o principal empecilho para a normalização das relações Tóquio-Pyongyang.
Falando em japonês, com intérpete, Abe disse que queria prestar seu "profundo respeito à liderança extraordinária" que o presidente Trump mostrou no processo que levou à cúpula com a Coreia do Norte.
Ele mencionou que a cúpula é algo "que nenhum ex-presidente foi capaz de realizar" -- um fato que o presidente Trump frequentemente menciona ao discutir o estado atual das negociações com o regime norte-coreano.
Trump disse que há uma maneira de saber se as negociações com Kim foram bem: se ele não usar as palavras "pressão máxima" depois da cúpula. "A pressão máxima está absolutamente em vigor. Não usamos mais o termo porque estamos entrando em uma negociação amigável", disse. "Talvez depois dessa negociação eu volte a usar. (...) Se você me ouvir dizendo que vamos usar a pressão máxima, você sabe que a negociação não foi bem, francamente", acrescentou.
Mais cedo, ao receber Abe no Salão Oval da Casa Branca, Trump disse que a Coreia do Norte precisa abdicar de suas armas nucleares e que os EUA podem adotar mais sanções se for necessário.
"Se eles não se desnuclearizarem, isso não será aceitável", afirmou. "Não podemos suspender as sanções. As sanções são extraordinariamente poderosas. E eu poderia acrescentar muitas mais, mas escolhi não fazer isso agora, mas isso pode acontecer."