O que se sabe sobre as 'agulhadas' no São João 2018 de Campina Grande
O que acontece..
Publicado em 16/06/2018
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Até este sábado (16), 34 pessoas feridas por agulhas no São João de Campina Grande deram entrada ao Hospital de Trauma de Campina Grande. As vítimas afirmaram que foram furadas durante os shows no Parque do Povo e em um bloco junino. A Polícia Civil abriu investigação sobre o caso e ouviu pelo menos 16 vítimas até a sexta-feira (15).
De acordo com a infectologista Priscila de Sá, os pacientes contaram que sentiram as furadas foram ao hospital em busca de ajuda. Segundo o Trauma, o número aumentou devido à repercussão dos primeiros casos, divulgados desde a segunda-feira (11). Entenda como os primeiros casos foram registrados e como andam as investigações:
Quais foram os primeiros casos de 'agulhadas' no São João?
Os primeiros casos foram registrados no fim de semana de abertura do São João 2018 de Campina Grande, que aconteceu entre os dias 8 e 10 de junho, no Parque do Povo. No entanto, com a divulgação dos casos, algumas pessoas que também se sentiram atingidas por agulhadas em um bloco junino no dia 2 de junho também foram até o Hospital de Trauma por precaução.
Quantas vítimas das 'agulhadas' procuraram atendimentos médicos?
Qual o procedimento para quem foi ferido por uma agulha?
Priscila de Sá, médica do Hospital de Trauma, informou que, após o atendimento, a equipe de saúde confirmou que havia marcas de agulhadas no corpo das vítimas, mas que ainda não há como saber se o instrumento utilizado estava com alguma contaminação ou não.
O procedimento feito no hospital, segundo Priscila, foi registrar um protocolo de acidente por agulha possivelmente contaminada.
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Como está a investigação sobre pessoas feridas por agulhas?
A Polícia Civil investiga o caso e pede que todas as vítimas que foram ao Hospital de Trauma também prestem depoimento na Central de Polícia. O delegado Henry Fábio, responsável pelos casos, disse que as pessoas que não se apresentarem podem ser intimadas a depor. O objetivo é garantir o andamento das investigações.
O delegado afirmou na sexta-feira que já ouviu 16 pessoas vítimas das agulhadas e, em apenas dois casos, as pessoas disseram à Polícia Civil terem percebido a perfuração por um objeto semelhante a agulha.
"Há casos em que as pessoas foram pro Parque do Povo e dias depois viram algum tipo de ferimento no corpo e, por medo, foram ao hospital, mesmo sem ter a certeza do que havia acontecido”, destaca Henry Fábio.
Outra dificuldade apontada na investigação do caso é que, segundo a Secretária de Saúde de Campina Grande, Luzia Pinto, mesmo que o atendimento médico seja imediato, não é possível comprovar que o ferimento foi uma perfuração de agulha.
Ela destacou que em um dos casos, em que o paciente precisou levar pontos no ferimento, ela acredita que pode ter sido um objeto maior, como um espeto, tendo em vista que a agulha não seria suficiente para causar aquele tipo de ferimento.
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Onde procurar atendimento médico?
Para realização de exames (testes rápidos), quem precisar de atendimento pode procurar o Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), no Centro de Saúde Francisco Pinto, localizado na Rua Venâncio Neiva, Centro de Campina Grande.
No Serviço de Assistência Especializada (SAE), o paciente pode receber acompanhamento com médicos e equipe multiprofissional e receber a medicacação necessária. O SAE fica na Rua Siqueira Campos, 658, no bairro da Prata.
Mais informações podem ser obtidas nos telefones (83) 3310-7069 (CTA) ou (83) 3322-3272 (SAE).
Em João Pessoa, as vítimas devem procurar o Hospital Clementino Fraga, referência no atendimento, localizado na Rua Esther Borges Bastos, no bairro de Jaguaribe.
FONTE:https://g1.globo.com