Nicole foi encontrada machucada
Segundo informações da polícia, quando Nicole foi encontrada ela estava muito machucada e não quis fazer o exame sexológico no Ceará, por isso realizou os exames necessários em João Pessoa e em Campina Grande. Além disso, roupas da criança também foram recolhidas para tentar encontrar vestígios do suspeito.
Conforme o na época delegado do GOE, Allan Terruel afirmou que a menina também demonstrou dificuldades para se locomover e contou que o suspeito batia nela para que ela pedisse comida. “Ela estava muito chateada, muito machucada, com os pés lesionados, rosto com hematoma e disse que apanhou. Uma cena muito triste, se não fosse a polícia localizar essa menina, ela ainda estaria sofrendo”, disse.
Criança voltou a morar com a mãe
A menina Nicole voltou para a casa da mãe no dia 11 de abril. Quando a criança foi encontrada na cidade de Penaforte, no Ceará, e encaminhada de volta à Paraíba, ela ficou abrigada em uma casa de acolhimento, por orientação do Conselho Tutelar. De acordo com a Primeira Vara da Infância e Juventude, Nicole voltou para casa da família após uma audiência.
Segundo informações da psicóloga da Vara da Infância, Vitória Gonçalves, o Ministério Público da Paraíba (MPPB) solicitou uma antecipação de audiência e o juiz acatou o pedido, após avaliações sociais e familiares do MPPB. A criança tinha um vínculo muito forte com a mãe e chorava muito com saudades, questão levada em consideração na decisão final.
Durante seis meses, a instituição que acolheu Nicole vai monitorar a reintegração familiar. Se for necessário, o acompanhamento pode se estender. O Juizado da Infância e Juventude, por sua vez, avalia a situação a cada três meses e informa ao juiz e ao Ministério Público.
Entenda como Nicole desapareceu
De acordo com Ana Maria Paiva, mãe de Nicole, após dez anos sem encontrar o suspeito, ele foi à casa dela, pedindo ajuda e afirmando que estava à procura de emprego. “E eu então apoiei ele, ele mostrou toda a confiança. Aí ele pediu para acordar por volta das 5h da manhã, para ir na Caixa Econômica de Mangabeira, para ele sacar o dinheiro dele. A gente saiu cedo”, contou.
Ela ainda explicou que a menina estava com fome e o suspeito se ofereceu para levá-la para comer. “E eu disse ‘tu dá mesmo?’. Ele disse ‘dou, tu me espera aí que já eu volto’. Aí que esperei e estranhei a demora. Aí eu fui até a casa de Mangabeira procurando ele, não encontrei, voltei para a Caixa Econômica e ele não estava”, disse a mãe.
Após prestar queixa na Delegacia da Infância e Juventude de João Pessoa, Ana Maria Paiva foi informada de que o homem teria alugado um carro e ido para a cidade de Recife com a menina. Ele teria dito ao motorista que o veículo seria usado durante a mudança de sua irmã, da capital pernambucana para João Pessoa. No entanto, segundo a mãe da garota, ao chegar no local, ele desceu do carro afirmando que iria sacar o dinheiro para realizar o pagamento, mas não retornou.
FONTE:https://g1.globo.com