Quero nadar no mar
Pendurado na parede do quarto, escrito no quadro que ganhou de presente, o lema da recuperação de Claudia Rodrigues: paciência. Cinco meses após o transplante de células-tronco, em busca da cura de sua esclerose múltipla, a comediante comemorou a data num jantar em família, incluindo sua única filha, Isabela, de 13 anos.
“Hoje me sinto ótima, menos cansada. Acordo cedo todos os dias e caminho quatro quilômetros no calçadão. Agora já faço em 45 minutos o mesmo percurso que eu fazia em quase duas horas. Daqui a pouco, vou estar correndo”, promete Claudia, de 43 anos.
Correr, na verdade, não é seu maior desejo. Em dezembro, quando já estiver liberada para voltar de fato à ativa, ela planeja retornar aos palcos com um espetáculo que está escrevendo. Além disso, ela quer retomar uma atividade simples, mas importante para quem há pouco tempo só restava esperança: “Quero botar o pé na areia, nadar no mar. O verão de 2017 vai ser o meu verão, o meu primeiro dessa nova vida”.
Antes disso, Claudia Rodrigues vai precisar tomar uma série de vacinas em junho: “Brinco que voltei as ser bebê. Vou tomar de novo até a contra a paralisia infantil”. Até lá, ela só pode sair de casa de máscara por causa da baixa imunidade. A rotina ainda segue pesada (paciência, paciência...) com dez comprimidos por dia e “tudo que é pia”, como ela costuma brincar: sessões diárias de fisioterapia, terapia ocupacional...
“Minha filha está fazendo teatro e vai trabalhar comigo. Ela será filha de uma personagem minha. Estou cheia de planos”, diz uma risonha, otimista e paciente Claudia Rodrigues.
Radio Caruá Fm
Com : o Globo