Antônio Nosman Barreiro, presidente afastado da Federação Paraibana de Futebol (FPF), e Benedito José da Nóbrega Vasconcelos, assessor jurídico, foram punidos pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) após sessão da turma Segunda Comissão Disciplinar. Os dois foram penalizados por não cumprirem decisão do STJD e impedirem a entrada do interventor na FPF. Ainda cabe recurso da decisão.
Com a decisão, Nosman e Benedito foram punidos com suspensões de 540 dias e 420 dias, respectivamente. O assessor jurídico do presidente afastado também foi condenado a pagar R$ 80 mil de multa. A decisão foi proferida por unanimidade dos votos.
De acordo com o STJD, no dia 3 de agosto foi determinada pelo auditor João Bosco uma intervenção na FPF, após pedido feito pelo Treze Futebol Clube. O STJD então designou Vanderler de Lima como responsável a vir até a sede da FPF realizar a audição, porém no dia 6 de agosto ele foi impedido de entrar no prédio e ter acesso aos documentos pelo então assessor jurídico, Benedito José da Nóbrega. O auditor do Pleno afirmou ainda ter sofrido graves ameaças.
Para a Procuradoria, Benedito cometeu as infrações de descumprir decisão da Justiça Desportiva e ameaçar alguém previstas no Código de Justiça Desportiva. Nosman Barreiro, por sua vez, foi incurso nos artigos que prevêem punição por descumprir decisão da Justiça Desportiva e por exercer cargo quando estiver suspenso.
Responsável pela denúncia a Subprocuradora-geral Júlia Gelli sustentou o pedido de condenação dos denunciados. “Não posso deixar de chamar a atenção por ficar perplexa com a capacidade dos denunciados em afrontar esse Tribunal com total desrespeito a entidade e ao fato que fazemos voluntariamente. Pude observar que a procuração do Sr Antônio Nosman datada de 6 de agosto se intitula como Presidente da Federação Paraibana, quando seria Vice afastado”, explicou.
O advogado Marcelo Santiago defendeu os acusados e explicou que o assessor jurídico agia em cumprimento de ordens e enquanto funcionário da Federação, tendo em vista que o então presidente Nosman Barreiro não estava em João Pessoa. “Adentra o Dr. Vanderler de forma abrupta com a secretária do ex-presidente dr. Amadeu e isso causou uma revolta não só nos funcionários. O dr. Benedito pediu a identificação do dr. Vanderler que não apresentou. São dois gênios difíceis e houve um embate entre eles”, comentou.