Acusada de planejar morte de irmão por herança é condenada a 29 anos de prisão na Paraíba
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Publicado em 13/10/2018

Maria Celeste de Medeiros foi condenada após júri popular concluído na madrugada desta sexta (12).

Maria Celeste de Medeiros Nascimento, mandante confessa da morte irmão na padaria que pertencia a família em João Pessoa, foi condenada a 29 anos de prisão após júri popular realizado na capital paraibana concluída na madrugada desta sexta-feira (12). Maria Celeste foi condenada pelos crimes de homicídio, roubo e falsificação de documentos. A defesa afirmou que vai recorrer da condenação por falsificação.

 

No mesmo julgamento, Werlida Raynara da Silva, que na época era companheira de Maria Celeste, foi condenada a 17 anos e 4 meses pelos crimes de homicídio e roubo. A defesa de Werlida Raynara também afirmou que vai recorrer da sentença. Jairo César Pereira, acusado de dar apoio aos executores do homicídio, foi condenado ao mesmo tempo de prisão de Werlida.

Por sua vez, Walber do Nascimento Castro, acusado de intermediar o contato de Maria Celeste com os homens que executaram o homicídio, foi absolvido pelo júri popular, realizado no 2º Tribunal do Júri do Fórum Criminal de João Pessoa.

caso aconteceu em junho 2016, quando, segundo as denúncias, ela teria planejado a morte do irmão e a simulação de um assalto a uma padaria que pertencia à família. Conforme apuração da Polícia Civil à época, a acusada contratou pessoas para matar o irmão após ele descobrir que ela estava roubando o patrimônio da família, fruto de herança.Maria Celeste havia afirmado em seu depoimento no júri, que teve início na tarde de quinta-feira (11), que a motivação para o crime foi uma discussão relacionada à venda de uma casa. De acordo com a então namorada da vítima Marcos Antônio do Nascimento Filho, os irmãos já tinham brigado por questões financeiras, relacionadas aos bens da família e da vítima.

“A gente vinha de uma fase de muitas brigas em relação ao patrimônio da família, alguns bens que o pai havia deixado para a família e uma venda de uma ‘caminhoneta’ hilux que Marquinhos tinha. [...] Então estava numa fase muito conflitante entre os dois”, disse.

A testemunha também relatou que, à época, a vítima encontrou uma procuração falsificada de venda de uma casa que ele possuía no município de Bayeux, na Grande João Pessoa, e que, conforme a então namorada, ele teria herdado do pai.

Em depoimento, a mãe da acusada e da vítima, declarou que perdoou a filha, mas que espera que a justiça seja feita. “Ela está perdoada, em nome de Jesus, mas eu quero que ela pague pelo crime que ela cometeu”, pontuou.

Os outros quatro acusados de envolvimento do crime serão ainda aguardam julgamento, entre eles, os dois homens que simularam o assalto à padaria e executaram a sangue frio Marcos Antônio. A previsão é de que em dois meses aconteça o julgamento dos demais réus no caso.

 

Assalto simulado e morte do irmão

 

No dia 4 de junho de 2016, por volta das 10h15, na Padaria Luna, situada no Bairro do Jardim Luna, em João Pessoa, os denunciados simularam um assalto com o objetivo de assassinar Marcos Antônio, sendo os acusados de serem os executores Nielson da Silva e Ricardo de Souza Ferreira, coordenados pelo coautor Severino Fernandes Ferreira.

Os dois homens armados entraram na padaria, renderam os funcionários e clientes, roubaram o dinheiro do caixa e a motocicleta da vítima que foi baleada e fugiram. Marcos Antônio chegou a ser atendido e levado para o Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

Fonte:https://g1.globo.com

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