Jovem que mora nas ruas de Campina Grande busca emprego: 'Agarraria com os dois braços'
O que acontece..
Publicado em 06/11/2018

Morador de rua há oito anos, Caio Wilker dorme dentro da 'maria fumaça' da antiga estação ferroviária e sonha com um emprego.

Caio Wilker Farias, de 23 anos, mora nas ruas de Campina Grande há oito anos. Ele sobrevive de 'bicos' e doações e, para dormir, faz da antiga estação ferroviária da cidade seu refúgio. De acordo com dados de 2017 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o jovem é um dos cerca de 187 mil paraibanos desempregados. Agora, ele está à procura de emprego para tentar conseguir um lar.

 

 

"Eu queria arrumar um emprego para eu sair da rua mesmo, pra pelo menos alugar uma casinha, nem que seja um quartinho pra eu dormir. Se alguém me desse uma oportunidade eu agarraria com os dois braços, abraçava mesmo. Eu ia ser um novo Caio", afirma.

 

Em depoimento à TV Paraíba, o rapaz conta que estava em uma casa à espera de comida quando viu um anúncio do quadro “Vamos trabalhar”, no JPB 1ª Edição.

Algumas pessoas já conhecem o jovem e ajudam como podem. O morador de rua revelou que passou a noite anterior sem comer nada. "Eu ando com essa ‘vasilhinha’ na hora do almoço. Na hora do café da manhã já vou na freguesia certa, que todo dia me dá um pão, um café e às vezes um ‘trocadinho’ pra eu comprar um sabonete”.

Ele contou que já trabalhou em um bar e em uma casa de uma amiga dele.

"Eu gosto mais de cozinhar, porque eu tenho mais prática nisso, tenho paciência. Sei fazer macarronada, arrumadinho, lasanha, creme de galinha, sei fazer um monte de comida. Também gosto de fazer faxina, pode me colocar numa casa todo revirada que eu deixo ela num ‘brinco’. Com um emprego eu planejo melhorar minha vida, sair do ruim pra melhor", afirma Caio.

Algumas pessoas já conhecem o jovem e ajudam como podem. O morador de rua revelou que passou a noite anterior sem comer nada. "Eu ando com essa ‘vasilhinha’ na hora do almoço. Na hora do café da manhã já vou na freguesia certa, que todo dia me dá um pão, um café e às vezes um ‘trocadinho’ pra eu comprar um sabonete”.

“É uma situação meio difícil, nem todo mundo queria viver numa vida dessa que eu vivo", diz Caio.Ao contar a história dele, Caio não consegue conter as lágrimas. Ele relata que morava com o padrasto, mas foi expulso de casa. Para sobreviver, pede comida e dinheiro nas casas. “É muita coisa que eu passei nessa vida. Eu moro aqui [na rua] há muito tempo, desde os 15 anos. Eu vivo na rua há muito tempo, já dormi até em embaixo de ponte”.

Ele contou que já trabalhou em um bar e em uma casa de uma amiga dele.

"Eu gosto mais de cozinhar, porque eu tenho mais prática nisso, tenho paciência. Sei fazer macarronada, arrumadinho, lasanha, creme de galinha, sei fazer um monte de comida. Também gosto de fazer faxina, pode me colocar numa casa todo revirada que eu deixo ela num ‘brinco’. Com um emprego eu planejo melhorar minha vida, sair do ruim pra melhor", afirma Caio.

FONTE:https://g1.globo.com

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